05 novembro 2005

Novas eleições, em Abril, nas Medas

Empate nos mandatos deixa Junta de Medas sem Executivo
Vogais propostos pelo candidato vencedor foram rejeitados pela Oposição Comissão administrativa será nomeada para fazer gestão corrente até às novas eleições
Os resultados das últimas eleições autárquicas lançaram a freguesia de Medas, em Gondomar, para um cenário de indefinição.
A coligação PSD/PP, encabeçada pelo presidente da autarquia, António Santos Carvalho, venceu o PS com uma vantagem de 113 votos, mas registou-se um empate no número de mandatos atribuídos a cada uma daquelas forças partidárias (quatro) na Assembleia de Freguesia, sendo que a CDU passou a ter um. Em maioria, a Oposição acabou por rejeitar os dois vogais para a Junta propostos pelo cabeça de lista mais votado, pelo que o Governo Civil do Porto terá de nomear uma comissão admistrativa para fazer a gestão corrente da autarquia até às novas eleições, que apenas poderão decorrer a partir de 9 de Abril.
António Santos Carvalho apresentou três propostas para a nomeação do secretário e do tesoureiro da Junta, todas rejeitadas pela Oposição, na medida em que nenhuma delas era composta, simultaneamente, por membros do PS e da CDU. Sem estabilidade"Não podia apresentar uma proposta com um eleito do PS e outro da CDU, porque durante quatro anos iria ter sempre duas pessoas contra mim e isso resultaria em prejuízo para a freguesia. Não iria ter um Executivo estável e merecedor da minha confiança ", sublinhou o autarca, realçando que o seu campo de escolha ficou limitado pelo facto de três elementos da lista do PS se terem indisponibilizado para fazer parte do Executivo.
Segundo António Santos Carvalho, a comissão administrativa apenas assegurará a gestão corrente da autarquia, o que, garantiu, não implicará o congelamento de salários dos funcionários."O presidente da Junta não esgotou na Assembleia todas as possibilidades que tinha. Apenas pretendeu dar a maioria ao PSD. O PS e a CDU deviam ter um vogal cada um", defendeu José Manuel Gama Belez, candidato do PS, explicando que a indisponibilidade dos três socialistas para integrar a Junta ficou a dever-se ao facto de ter ficado definido que o vogal nomeado deveria ser ele próprio, sendo cabeça-de-lista.
leia a niticia em