20 agosto 2005

Quem vem junto ao rio...

Desde a sua 1ª candidatura em 1993, Valentim Loureiro prometeu que ia tirar Gondomar da cauda da área metropolitana. Uma das promessas foi a requalificação e aproveitamento turístico de toda a zona marginal do rio Douro. Sem dúvida que estava a falar o que qualquer pessoa sensata diria. A margem do concelho junto ao rio Douro é uma das áreas com mais potencial de atrair investimento turístico e de criação de milhares de postos de trabalho sendo também uma fonte de receitas para o concelho. Em 1999, Valentim Loureiro garantiu que havia um plano, o plano Millenium, que faria a recuperação e requalifiacação da orla fluvial do Douro. Em 2001 consegiu que o seu amigo Sócrates , então ministro do ambiente, contemplasse Gondomar com um plano POLIS, que iria fazer intervenção na área ribeirinha do concelho, entre as freguesias de Valbom e a da Foz-do Sousa. Passaram 12 anos desde a sua chegada, já disse “ eu faço faço mesmo” já disse “ eu não prometo, eu comprometo-me”, disse que fazia o plano Millenium, comprometeu-se com o Polis, mas quem vem do Porto e chega a Gondomar o que é que vê na marginal do Douro? Isto:

Prédios enormes que tapam a vista do Douro

Lixo nas bermas da estrada e nas praiasPatrimónio histórico votado ao abandono Praias fluviais sujas, com maus acessos, sem estruturas de apoio

E também se pode descortinar que do outro lado do rio, a praia tem um areal ajeitado e limpo com as estruturas de apoio necessárias (casas de banho, bares, zonas desportivas, etc) , só que na outra banda é o concelho de Gaia.

7 Comments:

At 3:26 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Fomos dar uma volta por Gaia e aquilo está muito bom. São 15km de costa com passeio, além de terem uma auto-estrada tipo california que acho estar bastante boa.
As praias são muito limpas e as explanadas não ficam atrás.
Claro que os nossos rios estão tb mto bons, com Zebreiros com um tasco, praia cheia de fogueiras e beatas e uma merda de cimento no meio. Os acessos são excelentes (podes ter um desastre se vier um carro lançado).
O Rio Sousa tb está mto bom, com um muro de cimento a tapar a vista.
Claro que não vou falar do top Rio Tinto. Encanado.

Inté. A Nossa sorte é estarmos a 10km de Gaia.

 
At 4:05 da tarde, Anonymous Anónimo said...

No site da Camara Municipal de Gondomar indica-nos que o pólis já está em execução (em andamento), só não se entende por onde é que começaram dado o lixo espalhado por todo o lado as silvas e lixo ao longo de toda a marginal, obras em lado nehum, ETAR de Valbom com odores agoniantes na qual a Camara vai investir 200.000Contos dado o erro de negociação com as Àguas de Gondomar(privatizadas) , mas foi graças à assinatura do polis que incanssávelmente o sR. pRESIDENTE (pessoa influente) ter assinado com o actual Primeiro Ministro José Socrates que será possível reabilitar uma zona com elevado potencial como a marginal de Gondomar, deixei de acreditar que seja com o sR mAJOR que algo de qualidade seja exequível.

 
At 4:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

informação recolhida no site da c.m.Gondomar


POLIS DE GONDOMAR JÁ ARRANCOU

O Programa POLIS de Gondomar está já em andamento, estando as primeiras obras em fase de lançamento. Uma das mais importantes é a construção de um Centro de Desportos Náuticos, obra em parceria com o Clube Naval Infante D. Henrique, que está a comemorar 80 anos de existência e lidera o panorama nacional da competição em Remo. O Centro de Desportos Náuticos insere-se no programa de requalificação urbana e ambiental da zona ribeirinha de Gondomar, entre a Ribeira de Abade e o Areio de Atães. Além da construção deste equipamento desportivo de grande importância estratégica, o programa POLIS de Gondomar prevê ainda a requalificação paisagística da orla fluvial e dos corredores verdes e a requalificação de espaços exteriores públicos e não públicos. O Centro de Desportos Náuticos vai custar 1.400.000 Euros.

 
At 8:43 da tarde, Anonymous Anónimo said...

já ouvi essa estória há muitos anos e de concreto, de obra feita nada! não conseguiram comprar os terrenos todos para fazer o polis e por isso a obra não sai do papel.

Muitas promessas e primeiras pedras em ano de eleições não faltam, até chegam a ser duas pedras e 4 rotundas e dois chafarizes e dezenas de electrodomésticos avariados para enganar os pobres de espirito.

 
At 7:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Logo na primeira fotografia o COUTINHO II de Gondomar, em Viana do Castelo vai-se demolir, em Gondomar cria-se este monstro.
Basta sair do porto junto ao rio pela marginal em direcção a Gondomar e após da entrada neste Concelho (300metros) esta vergonha. Quem são os responsáveis, INVESTIGUEM ; INVESTIGUEM MAS DIGAM QUEM SÂO.ESTAMOS FARTOS DE INVESTIGAÇÕES QUE DÃO EM DÚVIDAS, QUE DÃO EM PRESCRIÇÕES APÓS RECURSOS E RECURSOS E RECURSOS -QUE VERGONHA DE JUSTIÇA.

 
At 10:29 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Pecados de autarcas

Jornal Expresso de 30/08/2005
As eleições autárquicas estão aí à porta. O futuro de trezentos e tal concelhos e respectivas populações está em jogo para os próximos anos. Mais uma vez as listas foram cozinhadas na intimidade dos interesses, compadrios e ambições das minorias que são as concelhias partidárias, num processo em que os cidadãos foram arredados.

Os escolhidos aí estão, nos grandes «outdoors», pagos pelos contribuintes, «desatentos e obrigados», exibindo as suas caras sorridentes, com uma bonomia condescendente e promessas de «mais emprego», «mais segurança», «mais dinamismo», mais etc. etc. e tal.

Nos poucos debates da televisão ou da rádio, aquelas «cabeças de lista» passam a maior parte do tempo em acusações mútuas sobre os respectivos passados ou a afirmar banalidades. Mas, enfim, já estamos todos habituados a estes rituais e o povo é sereno e cada vez mais desinteressado... Teremos, pois, o que merecermos pelo maior ou menor empenhamento na defesa da causa pública.

Este ano, no entanto, há um factor novo pela sua amplitude que é a quantidade preocupante de autarcas envolvidos em situações alvo de acção judicial. Negociatas ilícitas, «sacos azuis», favores, financiamento de partidos, fuga aos impostos, enriquecimentos pessoais, facturas falsas, ostensivos sinais exteriores de riqueza, ameaças e outras «delicatessen», vão sendo conhecidos. Isto será a ponta do «iceberg» como dizem por exemplo, Maria José Morgado e Saldanha Sanches. O engraçado é que todos os acusados respondem, invariavelmente, que estão de consciência tranquila, a qual está muito mais espalhada no nosso país do que o bom senso do velho Descartes...

Situações destas, que estão a minar o nosso país desde há muitos anos, eram até há pouco tempo negadas com indignação. Hoje, a inefável Associação Nacional de Municípios, em vez de tomar a iniciativa de proceder a uma eficaz avaliação do que se passa nas Câmaras, até para própria defesa do bom nome de muitos autarcas honestos que felizmente ainda existem, pede com ar seráfico que apresentem provas e façam acusações formais, como se não soubesse o que é do conhecimento geral. Após o que o vice-presidente da Câmara do Porto, Dr. Paulo Morais, afirmou em entrevista na última Visão, de que recomendo a leitura, não há desculpa para mais delongas. Assim, refiro entre outras: «Os vereadores do Urbanismo que aceitam transferir bens públicos para aqueles que dominam os partidos estão a enriquecer pessoalmente e a destruir a democracia. Nas mais diversas câmaras do país há projectos imobiliários que só podem ter sido aprovados por corruptos ou atrasados mentais». A nossa Justiça tem de actuar de forma eficaz e exemplar, sob pena de se tornar ela própria no coveiro do nosso Estado de Direito. Os interesses ilícitos do sector imobiliário têm sido o cancro do comportamento ético deste país. As Autarquias detêm neste sector um poder imenso que, qual varinha de condão, pode transformar um pobre num rico, ou um rico num ainda mais rico. Não são as negociatas imobiliárias que mais me chocam, e deixo isso à polícia, mas sim ao que, com isso, se está a fazer às nossas cidades, vilas e aldeias, transformando-as em asquerosos aglomerados de mamarrachos, onde as pessoas terão de viver muito abaixo da qualidade a que têm direito. Este é, para mim, o maior pecado dos autarcas desonestos e de quem os corrompe.


Miguel Ramalho


15:30 30 Agosto 2005

 
At 6:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Concordo claramente com muitas das ideias e opiniões colocadas, nomeadamente sou totalmente contra a construção deste tipo de edificação no local onde se encontra, no entanto aproveito para informar de que a edificação se encontra ainda em terrenos do Porto e não de Gondomar.

 

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