11 maio 2007

A hipocrisia que os números relevam....

Há uns anos , questionado sobre as remunerações ou vencimentos obtidos na empresa metro do Porto, o sr. Major, fez um exercício de cálculo, que depois de divisões multiplicações somas subtracções e ouras operações que só ele conhece, informou os digníssimos presentes, que no total das remunerações, ganhava o mesmo do vencimento de Presidente de Câmara a tempo inteiro. Assim, garantiu que estava naquele cargo não por ganhar mais o que quer que fosse, mas apenas e só para defender melhor os interesses da população, já que frisou, não obtinha vantagens financeiras significativas.
Estranho agora que o sr. Major, venha requerer mais de 300.000 euros de indemnização, por prejuízos financeiros e morais. Os prejuízos financeiros, não existem para o Major, já que este ganhava o mesmo se estivesse em funções de Presidente de Câmara a tempo inteiro. Ora, se deixou de estar no metro, ficou na Câmara a tempo inteiro, logo não foi prejudicado. Sobre a sua capaciadade de gestão eficiente, a empresa sai prejudicada, mas como é uma empresa pública o prejuízo é público e nunca de uma pessoas em particular. Resta a indemnização pela impossibilidade de contactar com outras pessoas e a caução, ora aí ainda pode ser ressarcido do custo administrativo da caução, (uns poucos de euros), e em seguida devem oferecer dois telemóveis, daqueles que os namorados compram para poderem falar muito e gastar pouco, para que o major ponha toda a conversa em dia... Será que para pedir 300 mil euros, vai argumentar com vencimentos diferentes daqueles que publicitava aos quatro ventos. Agora os números vão confirmar a veracidade das afirmações ou provar a hipocrisia do homem público.

2 Comments:

At 4:43 da tarde, Anonymous Anónimo said...

in correio da manhã
28/06/2007
As autarquias gastaram em 2005 um total de 2746 milhões de euros, uma verba que representa 88,5 por cento do investimento previsto para a construção do novo aeroporto de Lisboa, na Ota, sem terem capacidade orçamental para esses compromissos financeiros.







E, para justificarem esses gastos, suspeita-se que as receitas poderão ser inflacionadas. Mais: apesar de 307 municípios terem um lucro total de 569 milhões de euros, 48 câmaras estavam em ruptura financeira.

O ANUÁRIO ESTATÍSTICO DOS MUNICÍPIOS

Portugueses/2005, apresentado ontem em Lisboa numa iniciativa da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), deixa claro que a situação financeira das autarquias está longe de ser a melhor. Desde logo, os 307 municípios analisados orçamentaram uma receita total de 11 506 milhões de euros mas só cobraram 7305 milhões de euros. Como a despesa total comprometida era de 9640 milhões de euros, 32 por cento acima das receitas cobradas, as câmaras acabaram por pagar apenas 6894 milhões de euros, menos 2746 milhões de euros que terão de ser pagos nos anos seguintes.

Para esta diferença entre receitas e despesas, os autores do estudo indicam que “há os orçamentos empolados com inscrição de receitas sobreavaliadas ou com níveis elevados de incerteza na cobrança”. Daí que 142 autarquias tenham uma despesa corrente comprometida superior à receita corrente liquidada. Vila Nova de Gaia, Lisboa e Sintra estão no topo dessa lista.

A partir dos relatórios e contas aprovados nas assembleias municipais, o estudo identifica que 227 câmaras não têm dinheiro para fazer face às dívidas de curto prazo. E Lisboa lídera o ‘ranking’, com uma falta de 317,4 milhões de euros para cumprir aqueles compromissos.

Com base na situação financeira das autarquias em 2005, concluem que, à luz da nova Lei das Finanças Locais, 101 municípios ultrapassam, em 2006, o limite da sua capacidade de endividamento.

MAJOR SEM PEDIDO DE DESCULPAS

“Não é pelo facto de o senhor major Valentim Loureiro estar maldisposto que a CTOC tem que pedir desculpas. O senhor major tem de se queixar é das contas apresentadas pela Câmara na assembleia municipal”. Com estas palavras, Domingos Azevedo, presidente da CTOC, refutou ontem de forma clara, durante a apresentação do estudo sobre as autarquias, que as críticas do presidente da Câmara de Gondomar ao estudo, onde este município é apresentado como aquele que tem o maior índice de endividamento a fornecedores, não têm justificação, porque “o trabalho não é da CTOC mas de “quatro prestigiados professores universitários que merecem toda a credibilidade”. Valentim Loureiro classificou como “académicos de pacotilha” os autores do estudo e frisou que eles “pecaram por falta de rigor científico” e “os números apresentados relativamente a Gondomar são mentirosos”. No final de 2005, segundo o autarca, a Câmara tinha uma dívida total de 118,3 milhões de euros, dos quais 64,7 milhões relativos a “dívida de médio e longo prazo à EDP”. Por isso, garante, “não estamos em bancarrota”.

25 AUTARQUIAS MAIS ENDIVIDADAS (Relação entre o valor da dívida e a capacidade de endividamento)

Gondomar: 131,2%

Sines: 121%

Celorico da Beira: 109,5%

Sátão: 108,5%

Fornos de Algodres: 104,9%

Nazaré: 101,7%

Valongo: 100,9%

Seia: 94,2%

Castelo de Paiva: 93,5%

Caldas da Rainha: 89,5%

Vila Nova de Poiares: 89%

Oliveira de Azeméis: 87,8%

Fundão: 86,8%

Ansião: 85,2%

Silves: 81,8%

Castanheira de Pêra: 80,6%

Covilhã: 78,8%

Mondim de Basto: 72,4%

Lisboa: 72%

Paredes de Coura: 69,5%

Chamusca: 68,8%

Portalegre: 67,5%

Torres Novas: 63%

Montemor-o-Novo: 62,8%

Tabuaço: 59,7%

AUTARQUIAS COM MAIOR DIFERENÇA ENTRE RECEITAS COBRADAS E DESPESAS

1 – V.N.GAIA: - 73.574.071 euros

2 – LISBOA: - 73.104.665 euros

3 – SINTRA: - 68.155.714 euros

4 – AVEIRO: - 44.611.966 euros

5 – FUNDÃO: - 43. 858. 316 euros

6 – MAIA: - 36.743.864 euros

7 – FUNCHAL: - 33.398.656 euros

8 – S.M.FEIRA: - 30.121.583 euros

9 – GUARDA: - 29.818.268 euros

10 – F. DA FOZ: - 29.733.678 euros
António Sérgio Azenha

 
At 1:22 da manhã, Anonymous Anónimo said...

deviamos ter um blog tipo povoaoffline.blogspot.com, esse sim, é sempre a desancar.

 

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