27 julho 2006

E o metro foi ao fundo...

Gondomar ainda nos carris

Valentim Loureiro afirma que em Setembro haverá uma resposta concreta sobre a linha de metro para Gondomar e, numa conferência de imprensa com carácter de urgência, disse que não lhe “passa pela cabeça” que esta via seja inviabilizada. O Governo deverá anunciar o projecto para a segunda fase da rede de metropolitano do Porto em Setembro, com a linha de Gondomar incluída, garantiu ontem o presidente da Câmara local, Valentim Loureiro. “Nem me passa pela cabeça que este Governo inviabilizasse a linha de Gondomar”, frisou o autarca em conferência de imprensa realizada nos paços do concelho, que admite alterações do traçado inicialmente proposto se “quem estudou o projecto achar melhor”. O também presidente da empresa Metro do Porto garantiu que o Governo, através da secretária de Estado dos Transportes lhe assegurou que em Setembro haverá “uma resposta concreta em relação à linha de Gondomar” e aos restantes projectos que arrancarão na segunda fase da construção da rede de metropolitano do Porto. De acordo com Valentim Loureiro, a construção da primeira parte da linha, entre o Dragão (Porto) e a Lourinhã (Gondomar) tem condições para “avançar já”, devido à sua elevada rentabilidade. Quanto à segunda parte da linha, para ligar o Heroísmo a Valbom, Gondomar (S.Cosme) e S.Pedro da Cova, o autarca admite que possa haver um traçado alternativo mais conveniente, mas que tal pode ser objecto de estudos já durante a construção do troço entre a estação do Dragão e a Lourinhã.
Três anos de atraso
A avançar, a linha do metro de Gondomar - município do distrito do Porto com cerca de 170 mil habitantes - arrancará com um atraso de três anos, depois de ter sido aprovada em Conselho de Ministros em 2003, durante o Governo de Durão Barroso. A primeira fase da rede de metro no Porto ficou concluída em Maio deste ano, com a inauguração do troço final da ligação do Estádio do Dragão ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Na ocasião, o primeiro-ministro fez depender o avanço da segunda fase do Metro do Porto de um conjunto de circunstâncias relacionadas, nomeadamente, a definição de prioridades em termos de ligações e as questões de financiamento. Em causa estão, designadamente, os projectos para as linhas de Gondomar, Boavista, Trofa e Gaia, que foram suspensos no ano passado pelo Executivo para análise da sustentabilidade e viabilidade financeira da obra. Questionada no final do mês passado especificamente sobre o arranque da linha prevista para servir Gondomar, Ana Paula Vitorino referiu apenas que “serão analisadas propostas alternativas ao traçado inicialmente proposto, porque este não é o que melhor serve a população”, de acordo com o estudo encomendado pelo Governo à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
in "Primeiro de Janeiro", 28 de julho de 2006

6 Comments:

At 3:20 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Depois de tantas garantias do sr Valentim Loureiro, estamos no inicio de planeamento da obra quando por todos os motivos e mais algum ( dificuldades de acessos, movimentos pendulares etc...) Gondomar deveria ser encarado como prioridade.
É uma vergonha, ou melhor é a total falta dela, da parte de Valentim Loureiro que continua a demonstrar uma total falta de capacidade para defender os interesses que se propõe defender (Metro , C M Gondomar, LIga de Clubes) verifica-se a derrocada total no Futebol Português, onde apenas fanáticos acreditam na honestidade desta competição, com escandalos atrás de escandalos sem que exista qualquer verdade no futebol Português .(compra de arbitros e falsidade nos resultados desportivos, com pessoas que se alimentam do futebol e cada vez mais o destroem.
Quanto à Metro do Porto a falta de vergonha não é menor sendo notório até pelo estudo mandado efectuar pelo Governo que este projecto (VITAL PARA GONDOMAR) tem sido gerido de uma forma ridícula, nomeadamente quando o estudo conclui que este traçado para Gondomar NÃO SERVE A POPULAÇÃO A QUEM SERVIRÁ?. Quanto à C M Gondomar esperemos não chegar ao ponto que chegou o Marco (c/ Avelino Ferreira Torres) : Metro nem vê-lo e Polis apresentado na Povoa do Varzim ( penso que deve ser para os Gondomarenses ficarem a saber o que (NÃO) vai ser o Polis mais tarde = informação zero)
Esperemo que a Justiça funcione de forma a permitir o desenvolvimento de Gondomar).

 
At 5:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

VERIFICAM-SE DENOMINADORES COMUNS NA LIGA DE CLUBES, C.M GONDOMAR E METRO DO PORTO:
-INCOMPETÊNCIA
-FALTA DE SERIEDADE
-ATRASO NAS OBRAS
-DESCALABROS FINANCEIROS
-AUSÊNCIA DE INFORMAÇÃO

E CLARO O CAPITÃO VALENTIM LOUREIRO DADO QUE O TITULO DE MAJOR É APENAS MAIS UMA FALTA DE VERGONHA

 
At 9:50 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Pela fotografia pensei que fossem os "Taxis Fluviais" que o presidente queria instaar no Rio Douro quando chegou a Gondomar

 
At 10:46 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Em 2007 o pavilhão multiusos vai ser inaugurado com o europeu de futebol de salão e o people vai ser transportado nestes metro-sub-aquáticos.

JÁ VIRAM A REDE DE TRANSPORTES SUB-AQUÁTICOS QUE GONDOMAR TEM...???? NESTE MOMENTO É DO TAMANHO DO METRO EM GONDOMAR.

 
At 9:46 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Metro sem novas obras durante o ano de 2007


Metro do Porto continuará "encalhado" pelo menos até 2008


Carla Soares

Metro do Porto não deverá contar com novas obras durante o próximo ano. O contributo de 16,6 milhões de euros que o Governo reservou no PIDDAC para o metropolitano foi pensado apenas para estudos de implementação de toda a rede e, mesmo que a linha de Gondomar até Rio Tinto seja já lançada, como previsto, também não se prevê a sua construção nos próximos 12 meses, sendo necessários só para o concurso público pelo menos seis meses. A agravar a situação, estão os atrasos na alteração da estrutura accionista, inicialmente prevista para o final do Verão.

Se as previsões do Governo são vistas por alguns como sensatas, outros, como o PSD/Porto, temem que o Executivo esteja a empatar esta obra estruturante para fins eleitorais, prejudicando as autarquias onde o PS não é poder.

Fonte governamental disse ao JN que os 16,6 milhões de euros previstos no PIDDAC (Programa de Investimento e de Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) de 2007 "são as verbas necessárias para fazer todos os estudos" fundamentais para arrrancar com as linhas projectadas para a segunda fase. Ou seja, passar da definição dos traçados para os projectos de execução. "Esta verba serve para garantir os estudos de desenvolvimento de toda a rede", garantiu, referindo-se ao apoio estatal que, ao contrário das verbas europeias, não é determinante para o metro.

O montante a fundo perdido (do PIDDAC ou da União Europeia) é muito pequeno, cerca de 20%. O resto vem da banca. As entidades financiadoras são o Banco Europeu de Investimento, o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e o Fundo de Coesão. Para garantir a sustentabilidade futura do projecto, a administração considera que é premente o reforço do financiamento a fundo perdido.

Neste PIDDAC, além dos 40 milhões de euros para aquisição de veículos tram-train, os 16,6 milhões previstos são para os estudos de implementação, não para obra propriamente dita, garantiu a fonte do Governo, segundo a qual os estudos irão prolongar-se até final de 2007.

Gondomar prioritário

A prioridade continua a ser a linha de Gondomar até Rio Tinto, mas está também em causa a extensão da linha de Gaia até Laborim, segunda na lista de prioridades, a clarificação quanto à existência ou não da linha entre Maia e Trofa e a resolução do problema de Senhora da Hora. A propósito da linha da Boavista, o PSD já acusou o Governo de estar a impedir a sua concretização.

Ao mesmo tempo, fontes da Metro do Porto explicaram ao JN que, mesmo que a linha de Gondomar seja anunciada brevemente como previsto e avance em Janeiro, daí até a obra estar no terreno demora "muito tempo".

Nas previsões a fazer, há que juntar o encerramento dos projectos, a reavaliação dos cadernos de encargos e pelo menos seis meses para o concurso público internacional, explicou um dos autarcas envolvidos no projecto.

in JN Sábado, 21 de Outubro de 2006

 
At 9:17 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Metro: «É mentira! Não gastei isso»
2006/11/27 | 19:39 || Sara Marques -portugal diário
Narciso nega números do TC. «Autarcas são bodes expiatórios», diz Valentim

MAIS:
Cartão de crédito chumbado

O administrador da Metro do Porto, Narciso Miranda, nega as informações disponibilizadas esta segunda-feira pelo Tribunal de Contas (TC), segundo as quais gastaria 1.250 euros por mês de um cartão de crédito da empresa.

«É mentira! É mentira! É mentira», disse Narciso Miranda ao PortugalDiário. «Nunca levei um euro para casa, nem uma gravata comprei com esse dinheiro», garantiu o ex-autarca.

Narciso Miranda explicou que o cartão de crédito servia apenas para pagar despesas ao serviço da empresa: transportes, alojamento e refeições.

Confrontado com os valores do TC, o responsável negou que tenha gasto esse valor e explicou que fez um levantamento dos pagamentos que realizou com o cartão. «Gastei uma média de 206,40 euros por mês e ainda paguei 40 por cento desse valor em IRS, do meu bolso», garantiu.

Narciso disse ainda que quando foram fixados os vencimentos dos administradores da empresa, em Maio de 2001, estava no Governo e não tinha cargo nenhum na Metro do Porto, por isso, não esteve envolvido nesse processo de decisão.

Só três anos mais tarde entrou na empresa e recebeu o cartão de crédito em causa, «para fazer pagamentos e não levantamentos», explicou.

O responsável lamenta que o Tribunal de Contas, «por incompetência, má-fé ou superficialidade» esteja a «iludir a opinião pública» e a «condenar um cidadão indefeso em praça pública».

«Autarcas são bodes expiatórios»

Valentim Loureiro admitiu que tem um cartão de crédito da empresa com o montante referido. O responsável explicou que o plafond do cartão é 1250 euros por mês, mas depois é subtraído 40 por cento para IRS, por isso, o valor real é de 750 euros por mês.

O presidente da Metro do Porto afirmou que o cartão de crédito serve para pagar «despesas de representação» e existe desde a criação da empresa, quando esta era presidida por Fernando Gomes e depois, quando o presidente era Vieira de Carvalho. Por isso, estranha que só agora tenha sido levantada esta questão e que sejam os autarcas a servir de «bode expiatório».

Valentim refutou ainda a afirmação do TC de que se limite a comparecer «a reuniões quinzenais», já que como presidente, a sua participação na empresa «é permanente».

 

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