24 novembro 2005

Os melhores momentos das eleições de Outubro de 2005

veja neste endereço, vale a pena. http://sic.sapo.pt/online/Images/Flash/Nosporca161005/slide_videos.swf

15 novembro 2005

Governo corta "a direito" na Metro do Porto

Metro do Porto com menos poderes Governo propõe gestão corrente da empresa O Governo retirou os poderes à Metro do Porto e vai criar um grupo de trabalho governamental que avaliará o projecto da empresa em gestão corrente, indica um despacho conjunto de dois ministérios revelado hoje pelo Jornal de Negócios. A medida visa controlar as despesas relacionadas com o projecto. O grupo de trabalho, no âmbito dos ministérios das Finanças e das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, terá como missão definir o futuro da empresa, segundo um despacho conjunto dos ministros Teixeira da Cruz (Finanças) e Mário Lino (Obras Públicas). No despacho, publicado segunda-feira em Diário da República, o Executivo tece duras críticas à gestão da empresa e aos governos que a avaliaram. "Até estar concluída a análise do relatório () não serão tomadas, quer pelo Governo e pelos órgãos de administração central, quer pela comissão executiva do conselho de administração da empresa, cujos membros são designados pelo Estado, quaisquer decisões que impliquem a assunção de despesa adicional no projecto, que não recaiam no âmbito da gestão corrente ou que sejam impeditivas da continuidade dos trabalhos em curso", refere o despacho. Contactado pelo jornal, o presidente da Metro do Porto, Valentim Loureiro, escusou-se a prestar declarações sobre esta matéria. O assessor de imprensa afirmou que Valentim Loureiro "não conhece (o despacho), portanto, não comenta". O J&N observa que o despacho tem a data de 20 de Outubro, ou seja, dois dias depois de o primeiro-ministro ter realizado a sua primeira viagem no Metro do Porto, onde garantiu que o projecto "é para continuar", com os "ajustamento que já foram discutidos entre o ministro a e Área Metropolitano do Porto". in Lusa, 15 de novembro de 2005

14 novembro 2005

Afinal quem manda em Gondomar?

Sentada à direita do pai Substituição:
Filha de Valentim Loureiro integra vereação, após renúncia do quarto eleito e deverá ser adjunta do presidente Porta-voz da Câmara diz que o caso "nada tem de anormal" Margarida Fonseca in JN É vereadora da Câmara de Gondomar desde anteontem de manhã. Subiu ao cargo mercê da renúncia de um eleito e deverá ser adjunta do presidente. Chama-se Daniela Loureiro, é psicóloga e professora universitária. Estava em nono lugar da lista independente de Valentim Loureiro. A saída de David Martins, o quarto nome que foi às urnas, abriu-lhes portas na vida autárquica. Desconhece-se, por ora, que funções concretas terá. Sabe-se, apenas, que lhe estará destinado um lugar de confiança. Afinal, o presidente é seu pai. "O caso nada tem de anormal. Há um vereador que renuncia e o lugar é ocupado por quem se segue na lista", disse, ontem, ao JN, o porta-voz da Câmara, Nuno Santos. "Há vários exemplos de desistências de autarcas mesmo após terem sido eleitos", acrescentou. O assessor de Valentim Loureiro repetiu, aliás, palavras que o próprio presidente já tinha proferido ao semanário "O Independente". E nessa sintonia prosseguiu, ao negar que a entrada de Daniela Loureiro só tenha sido possível devido "a pressões exercidas sobre David Martins" e ao remeter para o ex-autarca as explicações para a sua renúncia, comunicada, por carta, a Valentim Loureiro. David Martins remeteu-se, porém, ao silêncio, depois de ter dito àquele semanário que não fazia "comentários, por algumas razões óbvias e por outras menos óbvias", considerando a "situação de contornos especiais". Fica por saber se cumprirá o que assegurou, em tom de remate. Ou seja, se explicará "mais tarde" de que contornos se trata ou se "nunca" falará disso. Uma coisa deixou clara "Não conto repetir a experiência, foi a primeira e última vez". "Depois de ver, na tomada de posse, a primeira fila do auditório municipal ocupada pelo clã Loureiro, em vez de figuras com relevância política e pública, nada me espanta. Contesto, todavia, o espírito de dinastia que reina na Câmara. Afinal, não foi por acaso que a nova vereadora foi citada no discurso do presidente que garantiu um centro para jovens em risco por exigência da filha", criticou o líder do PS/Gondomar, Ricardo Bexiga.
in JN de 12 de Novembro de 2005
veja a notícia completa em:

09 novembro 2005

ISTO É CRISE!...

05 novembro 2005

Desde que a democracia foi restabelecida em Portugal, a direita e o centro-direita nunca conseguiram eleger um Presidente da República e só por uma vez estiveram próximos de o conseguir, quando Freitas do Amaral ficou a 1,5 por cento da vitória. À esquerda basta-lhe conseguir um candidato minimamente credível na área socialista: a matriz dominante do nosso eleitorado, que é de centro-esquerda, elegê-lo-á sempre, principalmente se a direita tiver o Governo, ao contrário do que supunha e desejava Sá Carneiro. É fácil entender assim os engulhos que a eleição presidencial significa sempre, inevitavelmente, para o PSD e o PP. Eis aqui um problema que o Partido Socialista nunca teve, excepto por uma vez e bastou essa única vez para dividir o partido ao meio e lançá-lo na maior crise da sua existência: foi quando Mário Soares recusou subscrever a recandidatura de Ramalho Eanes, ao contrário da direcção do partido. De resto, com o primeiro mandato de Eanes, os dois de Soares e os dois que Sampaio cumprirá, o PS assegurou mais de 20 anos tranquilos em matéria de eleição presidencial. É um luxo, de que os próprios socialistas, se calhar, nem se dão conta. Mas as dificuldades que o PSD teve para encontrar um candidato, as trapalhadas em que Paulo Portas lançou o PP à roda da bravata da candidatura autónoma do seu partido e a habitual tristeza e desmotivação da candidatura comunista, encarada como uma simples tarefa partidária atribuída a um funcionário, mostram bem o quanto é difícil, para os perdedores antecipados, entrarem num jogo de inscrição obrigatória, onde têm tudo a perder e nada ou quase nada a ganhar. Na verdade, a estagnação ideológica do eleitorado - que é mais patente nas presidenciais do que nas legislativas ou nas autárquicas - deixa pouco ou nenhum espaço conquistável à direita, a menos que a esquerda socialista cometesse o disparate de se apresentar às urnas com um candidato inaceitável. Por outro lado, concorre ainda uma situação, que, não sendo exclusiva da batalha presidencial, antes sendo um dos sinais de marca da nossa democracia, agrava ainda mais as coisas: é que em Portugal tem-se revelado impossível apear nas urnas um Governo ou um Presidente em funções, excepto por desistência deste ou por implosão interna. Isto é assim no Governo da República, nas autarquias, onde há presidentes de Câmara em funções há 20 anos e depois de seis eleições sucessivas, e nas Regiões Autónomas, como agora se voltou a constatar. E é assim igualmente e por maioria de razão na Presidência da República, onde as sucessivas revisões constitucionais limitando o papel do Presidente a uma influência quase simbólica e residual, tornam a sua reeleição um facto adquirido. Quem quer que se consiga fazer eleger Presidente da República, só sai de lá e por limite constitucional após o segundo mandato. E não fosse a Constituição limitar a estadia presidencial e poderíamos ter em Belém alguém que lá ficasse tanto tempo quanto o Alberto João leva de Quinta da Vigia. Ou seja, um Presidente vitalício ou uma monarquia imperfeita disfarçada de república. Nada há de mais certo – logo, de mais desinteressante, politicamente – do que a reeleição de Sampaio, como já as haviam sido a de Eanes em 1982 e a de Soares em 91. Infelizmente, nunca mais, provavelmente, voltaremos a assistir a um combate político, ideológico e pessoal tão fantástico quanto o foi o da primeira eleição de Soares, em 86. Porque são irreproduzíveis as circunstâncias de 86, não só quanto à disputa eleitoral, verdadeiramente irrepetível, mas ainda quanto ao mandato que aguardava então o Presidente eleito. Em 1986, o país estava dividido ao meio, com um Governo de direita e um Presidente de esquerda, eram maiores os poderes de intervenção e de influência do Presidente, e havia que inaugurar e marcar um estilo presidencial, civilista e moderno, depois de 60 anos de presidentes militares. Nada disso sucede hoje e nada disso se espera, ou sequer deseja, do actual Presidente. Sem nenhuma dúvida, mas também sem nenhum entusiasmo, o país votará a recondução de Jorge Sampaio, consciente de que ele é o homem certo no lugar certo e na conjuntura actual. O mesmo homem que o país não quis para primeiro-ministro mas que quer para Presidente da República - ao contrário do destino reservado a Cavaco Silva. Se há coisa que Jorge Sampaio deve temer acima de tudo, é que Ferreira do Amaral se junte a Basílio Horta na lista dos desistentes e a eleição se transforme numa nomeação. A segunda coisa que ele deve temer é que o índice de abstenção seja tamanho que se torne impossível não escutar a mensagem de desinteresse do eleitorado. No fundo, é apenas a recordação nostálgica do grande combate político de 1986 que nos faz ainda acreditar nas vantagens da eleição presidencial por sufrágio universal. Porque, se olharmos bem para as implicações práticas recentes do método, é difícil não ver nele mais do que um desperdício de tempo, energias e dinheiro. E, não fosse o esforço cívico de comparência do PP e do PSD (nem sempre cumprido, mas sempre tentado), a eleição presidencial nada teria de uma verdadeira escolha protagonizada pelos cidadãos, conforme fazemos a delicadeza de acreditar. MIGUEL SOUSA TAVARES

Novas eleições, em Abril, nas Medas

Empate nos mandatos deixa Junta de Medas sem Executivo
Vogais propostos pelo candidato vencedor foram rejeitados pela Oposição Comissão administrativa será nomeada para fazer gestão corrente até às novas eleições
Os resultados das últimas eleições autárquicas lançaram a freguesia de Medas, em Gondomar, para um cenário de indefinição.
A coligação PSD/PP, encabeçada pelo presidente da autarquia, António Santos Carvalho, venceu o PS com uma vantagem de 113 votos, mas registou-se um empate no número de mandatos atribuídos a cada uma daquelas forças partidárias (quatro) na Assembleia de Freguesia, sendo que a CDU passou a ter um. Em maioria, a Oposição acabou por rejeitar os dois vogais para a Junta propostos pelo cabeça de lista mais votado, pelo que o Governo Civil do Porto terá de nomear uma comissão admistrativa para fazer a gestão corrente da autarquia até às novas eleições, que apenas poderão decorrer a partir de 9 de Abril.
António Santos Carvalho apresentou três propostas para a nomeação do secretário e do tesoureiro da Junta, todas rejeitadas pela Oposição, na medida em que nenhuma delas era composta, simultaneamente, por membros do PS e da CDU. Sem estabilidade"Não podia apresentar uma proposta com um eleito do PS e outro da CDU, porque durante quatro anos iria ter sempre duas pessoas contra mim e isso resultaria em prejuízo para a freguesia. Não iria ter um Executivo estável e merecedor da minha confiança ", sublinhou o autarca, realçando que o seu campo de escolha ficou limitado pelo facto de três elementos da lista do PS se terem indisponibilizado para fazer parte do Executivo.
Segundo António Santos Carvalho, a comissão administrativa apenas assegurará a gestão corrente da autarquia, o que, garantiu, não implicará o congelamento de salários dos funcionários."O presidente da Junta não esgotou na Assembleia todas as possibilidades que tinha. Apenas pretendeu dar a maioria ao PSD. O PS e a CDU deviam ter um vogal cada um", defendeu José Manuel Gama Belez, candidato do PS, explicando que a indisponibilidade dos três socialistas para integrar a Junta ficou a dever-se ao facto de ter ficado definido que o vogal nomeado deveria ser ele próprio, sendo cabeça-de-lista.
leia a niticia em

04 novembro 2005

A distribuição dos tachos, panelas e testos

Urbanismo fica nas mãos de Valentim
Presidente mantém o pelouro e pretende maior celeridade no tratamento dos processos
José Luís Oliveira continua "número dois".
Na primeira reunião do novo Executivo, estiveram os oito eleitos da lista de Valentim e o vereador do PSD, Os Socialistas faltaram.
Valentim Loureiro mantém o pelouro do Urbanismo; José Luís Oliveira continua na vice-presidência e acumula-a com os pelouros das Obras Municipais e Património; Cristina Castro fica com a Habitação e Fernando Paulo assume os mesmos cargos do mandato anterior. A delegação de competências nos eleitos da lista independente vencedora da Câmara de Gondomar está praticamente definida, revelou, ontem, ao JN, o presidente da autarquia, após a primeira reunião do novo Executivo. "O Urbanismo vai continuar comigo. Pretendo fazer uma reestruturação nos serviços e ninguém está mais dentro do assunto do que eu", justificou Valentim Loureiro, sublinhando que pretende "mais celeridade" no despacho dos processos."A nossa delegação em Rio Tinto funciona bem, mas na de S. Cosme temos recebido queixas de munícipes. É desejável que os projectos sejam decididos num prazo de 30 dias, mas isso não tem acontecido, em vários casos", acrescentou o major, reiterando que as falhas não se têm registado por falta de meios técnicos. "Essa reorganização passará pelas pessoas", realçou.
O autarca ressalvou que a atribuição dos restantes pelouros deverá estar totalmente determinada esta semana. Ainda nessa âmbito, revelou que pretende nomear também um vereador-adjunto, para o "coadjuvar em algumas tarefas", como, por exemplo, na área financeira. De resto, e tendo em conta as prioridades definidas para o mandato, Valentim adiantou que o próximo Orçamento (o "trabalho mais imediato") contemplará verbas para "apoios directos" de âmbito social. Ou seja, os apoios não terão de passar necessariamente pelas paróquias, Santa Casa da Misericórdia ou instituições de solidariedade social para chegar aos carenciados. "A lei permite que as câmaras municipais tenham uma acção directa nessas áreas", argumentou.
Já definido:
José Luís Oliveira-Vice-presidência e pelouros das Obras Municipais e Património.
Fernando Paulo-Pelouros da Educação, Cultura, Desporto e Acção Social.
Castro Neves- O sexto vereador assumirá o pelouro do Ambiente.
Cristina Castro - Habitação, e terá também a seu cargo o atendimento dos munícipes.