30 março 2006

SITUAÇÃO DO PAÍS EM 1871

"O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o País está perdido!"
Eça de Queirós, 1871.
Este texto merece ser publicado, pois passados 134 anos continua bem actual.

09 março 2006

A Assembleia Municipal no seu melhor!

"Presidente da Mesa da Assembleia acusado de cometer “ilegalidade”
A Assembleia Municipal do passado dia 23 de Fevereiro ficou, mais uma vez, marcada pela polémica. A confusão começou quando o presidente da Mesa da Assembleia, António Araújo Ramos, decidiu não submeter à votação três Moções de Censura apresentadas pelo Partido Socialista, rejeitando-as. Em consequência desta atitude, as forças políticas da Oposição (PS, CDU e BE) abandonaram, em bloco, a sessão da Assembleia, como forma de protesto.
AS FRASES DA ASSEMBLEIA “Entendemos que todos os acusados que exercem funções executivas deverão pedir a suspensão de mandatos.”Maria Olinda Moura (CDU)
“Sem seriedade não se pode fazer uma política justa no interesse das populações (…). A seriedade política determina o carácter de qualquer pessoa e de qualquer Executivo.”Rui Nóvoa (Bloco de Esquerda)
“Se os elementos da Polícia Municipal puderem acompanhar sempre o sr. presidente da Câmara nas suas deslocações ao Tribunal, certamente ficarão doutorados nesta matéria.”Carlos Brás (PS)
“Hoje temos acusações concretas. Temos um problema político. (…) Tem que haver, a bem do município, uma censura ética e uma censura política deste órgão aos três elementos do Executivo acusados no Apito Dourado.”Ricardo Bexiga (PS)
“Folgo em ver aqui o dr. Fernando Paulo em representação do presidente da Câmara. Sei lá se daqui a algum tempo não será o presidente…”José Gonçalves (PSD/CDS-PP), presidente da Junta de Freguesia de Valbom
“Não vamos permitir saneamentos ad hoc. Não estamos no tempo do PREC.”Joaquim Lindoro (grupo independente “Valentim Loureiro – Gondomar no Coração”)
“Nem sempre o voto da razão corresponde à razão do voto.”Pimenta Dias (CDU)
"Estou aqui hoje porque ninguém manda na minha consciência…”Leonel Viana (PSD/CDS-PP)
“Quer o presidente da Câmara, quer o vice-presidente, quer Castro Neves, são pessoas de bem e cidadãos exemplares.”Fernando Paulo, vereador camarário"
in progresso de Gondomar
...pessoas de bem e cidadãos exemplares!...
ora essa.. aqui seguem exemplos de como se deve "conversar ao telefone", para o conceito exemplar do sr. vereador:
JOSÉ OLIVEIRA/VALENTIM Telefonema no dia seguinte ao jogo Vizela-Gondomar (0-3) Valentim Loureiro – Grande vitória caralho! José Oliveira - Foi, caralho! (...). VL – Foi 3-0. E o apitacho? JO – Teve, teve bem... VL – Mas foi alguma merda? JO – Não. Não precisou. As coisas começaram a correr bem. Logo aos 2’ fez-se 1-0, não é? E depois aos 11 expulsou o Nelo. Já jogou aí no Boavista, não é? Uns dias depois, José Oliveira telefona a Licínio Santos, que tinha arbitrado o jogo em que ainda comentam as peripécias daquele encontro e Licínio explica que não podia mandar mais “gajos p’ra rua”
in CM 26.02.06
isto é o exemplo de educação e honestidade que o sr. vereador da cultura transmite aos seus filhos?
todas as "pessoas de bem e exemplares" falarão assim ao telefone?
Isto seria assim só para uns negociozitos de apitos e derivados?
parece que não...

04 março 2006

As coisas estranhas não eram só no mundo da bola...

in Jornal de Notícias 26/02/2006 "Vice" de Valentim é suspeito de branqueamento de capitais
José Luís Oliveira terá retirado dinheiro de contas 'off-shore' nos dias em que foi detido
Fora da acusação já concluída, o caso será investigado em processo autónomo malaco
O arguido acusado de mais crimes no Apito Dourado detém uma fortuna em terrenos
Nuno Miguel Maia
O vice-presidente de Valentim Loureiro na Câmara Municipal de Gondomar, José Luís Oliveira, é suspeito de crimes de branqueamento de capitais e peculato, devido a factos apurados no designado processo Apito Dourado. A investigação, a cargo da Secção Regional de Combate à Criminalidade Económica e Financeira da Polícia Judiciária (PJ) do Porto, detectou movimentações tidas como pouco transparentes das contas tituladas pelo arguido carregado com mais crimes na acusação conhecida no início do mês, referente ao caso de corrupção em redor do Gondomar Sport Clube 26 crimes de corrupção activa e 21 crimes de corrupção desportiva activa. De acordo com informações recolhidas pelo JN, tudo começa a 20 de Abril de 2004, altura em que rebentou o escândalo, com as buscas às casas dos principais arguidos. Naquele dia, logo pela manhã, quando os inspectores da PJ entraram na sua casa, Oliveira teve o impulso de tentar destruir documentos bancários, deitando-os pela sanita abaixo. Só que, apercebendo-se da tentativa, os investigadores ainda foram a tempo de recuperar pelo menos um dos papéis. Este episódio despertou a curiosidade do procurador adjunto do Ministério Público (MP) de Gondomar, Carlos Teixeira, que procurou aprofundar as movimentações bancárias de José Luís Oliveira, que esteve dez meses em prisão preventiva e domiciliária. Foi inclusivamente efectuada uma busca ao banco onde José Luís Oliveira tem contas. Na sequência dessa investigação a PJ descobriu que o principal dirigente do Gondomar Sport Clube e vice da Câmara tinha ordenado, durante os dias em que esteve detido e à espera de ser interrogado pela juíza, a transferência de avultadas quantias em dinheiro que tinha em regime "off-shore" (paraíso fiscal) para a conta de um amigo, de modo a inviabilizar o congelamento das contas pelo tribunal. Este facto determinou a que o magistrado do MP e a juíza Ana Cláudia Nogueira impusessem a caução de 400 mil euros como condição de libertação da prisão domiciliária. O autarca ficou então, além da corrupção desportiva, indiciado por branqueamento de capitais e peculato, por suspeitas de factos relacionados com a Câmara, que serão investigados em processos autónomos.

01 março 2006

Um momento de humor

Ruim por ruim, vota em mim!
Frase inscrita num muro de uma cidade do Nordeste Transmontano, em período de campanha eleitoral. P´rá semana, vota Marrana!
Frase eleitoralista estrategicamente inscrita em grandes poios localizados à beira da estrada, na região da Serra da Estrela. Eu roubo, mas faço!
Frase proferida pelo “perfeito” de uma terreola Brasileira, referindo-se à sua actividade de edil, autêntico programa político condensado em quatro palavras. O povo de Santiais vive que nem animais.
Um natural de Santiais. Quem vê caras não vê corações, a não ser que esteja em frente ao espelho com o coração nas mãos.
Fernando Mendonça, o “homem-frase”. Isto é gado sem pastor.
Dona Mírzia, funcionária pública, referindo-se à Direcção de Serviços em que está integrada. - O que é que quer dizer “Habilitações Literárias”?- Deixa lá... se não sabes é porque não tens!Objectiva e esclarecedora resposta dada por um mancebo a um colega, durante um teste psicotécnico incluído nas inspecções militares. Senhor Carlos Cruz, este é que é o nosso Cola-Cao!
Frase escrita no verso do rótulo de uma garrafa de vinho tinto, enviada todas as semanas, religiosamente, pelo “Grupo do Costa”, para o sorteio do Cola-Cao, efectuado no decorrer do concurso “Um, dois, três”. - Ó Mourão, ajuda aí o meu primo! - Ajuda o c...o! Eu preciso é que me ajudem a mim!
Resposta dada por Mourão, com bastantes pirolitos à mistura, ao pedido feito por um banhista situado em terra firme, ao ver o seu primo, o seu irmão e o referido Mourão a lutarem pela vida no mar da Figueira da Foz. O Sr. Tralhão manda dizer que não está e... para hoje, só se for amanhã!
Telefonista dos Móveis Tralhão. Cette fachade a soissante metres de compriment!
Palavras proferidas por um funcionário da Carvalho e Sobrinho, enquanto mostrava, ufano, o novo “stand” da empresa sediada em Coimbra, a um grupo de engenheiros franceses da Renault em visita ao nosso país. Are you a pen?
Pergunta colocada de rompante por Zé Lemos a um sueco desprevenido, durante a sua visita à Suécia, no intuito de lhe pedir emprestada uma caneta. Recorde-se que Zé Lemos, funcionário da CP, foi um dia apanhado num comboio, com uma cabeleira postiça azul, a vender bilhetes para um concerto dos “Anthrax”. - Ó Sr. Amâncio! Sr. Amâncio!- Amanse-o você, menina, que ele a mim já não me obedece! Amândio Figueiredo, jogador de Rugby da A.A.C. Eu, se pudesse, substituía-vos a todos!
Frase proferida pelo Engº José Varandas, então treinador da equipa de râguebi do “Rugby Clube de Coimbra” (RCC), no decorrer do intervalo do jogo RCC - Grupo Desportivo da Moita. Esse gajo só não vende a mãe porque a tem agarrada à cabeça!
Anónimo. - Ó Maduro, então bateste na tua mãe?- Não, levava-as eu!
Maduro, habitante de Bragança, depois de sovar a sua progenitora. - Ó Maduro, que feio és!- Não, eras tu!
Idem. Três filhas, três noras, seis cadelas.
Dona Ana Alexandre, bisavó de Manteigas.