06 maio 2010

"Cenário terceiro-mundista no rio da vergonha"

Uma reportagem sobre qualidade de vida em Gondomar. A primeira vez que um programa televisivo faz uma reportagem exaustiva que aborda um problema importante do concelho de Gondomar, a despoluição do Rio Tinto. Digna de ser vista, a reportagem deve ser pensada e discutida pelos Gondomarenses. Ver no seguinte link: http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=24778&idpod=39111&formato=wmv&pag=recentes&escolha=

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21 abril 2010

Gondomar continua no mapa... judicial

Juiz pronuncia Valentim Loureiro por burla qualificada Presidente da Câmara de Gondomar responderá por um crime de burla qualificada em co-autoria. Além de Valentim Loureiro, processo Quinta do Ambrrósio levará a julgamento mais quatro arguidos. Um juiz de instrução decidiu hoje levar a julgamento o presidente da Câmara de Gondomar, Valentim Loureiro, por um único crime de burla qualificada, em co-autoria, no processo da Quinta do Ambrósio. Caíram todos os outros crimes imputados ao autarca pelo Ministério Público, de acordo com o despacho de pronúncia divulgado pelo juiz de instrução Pedro Miguel Vieira, o mesmo que teve a seu cargo a fase instrutória do processo Apito Dourado. O magistrado considerou, assim, não estar reunida prova suficiente para pronunciar o autarca de Gondomar por participação económica em negócio de titular de cargo público, prevaricação e administração danosa. Cinco dos onze arguidos vão a julgamento por cerca de um quarto dos crimes que lhe eram imputados pelo Ministério Público. Seis aguidos não vão a julgamento Além de Valentim Loureiro, foram pronunciados para julgamento o vice-presidente da Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, e o advogado Laureano Gonçalves, ambos pela alegada prática, em concurso efetivo, de um crime de burla qualificada e de outro de branqueamento de capitais. Jorge Loureiro, um filho do autarca de Gondomar, e o advogado António Ramos Neves vão igualmente a julgamento por alegada co-autoria em branqueamento de capitais. Escapam a julgamento os arguidos Fernando Paulo, Carlos Dias, Pedro Lopes e Sónia Santos, bem como os antigos administrações da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) Oliveira Marques e Gonçalves Martins. O juiz Pedro Miguel Vieira considerou que prescreveu o crime de fraude fiscal, atribuído pelo Ministério Público a quatro arguidos, e adiantou que, mesmo que a imputação vingasse, o crime teria a forma simples e não qualificada. O magistrado considerou ainda que o tribunal de Gondomar é territorialmente competente para julgar o caso e, em resposta a outras questões prévias suscitadas pelos arguidos, entendeu que a acusação não padece de qualquer nulidade, irregularidade ou inconstitucionalidade. Compra e revenda de terreno terá rendido €3 milhões No processo está em causa, de acordo com o Ministério Público, uma operação de compra e revenda de um terreno que, em pouco tempo, deixou de estar na Reserva Agrícola Nacional para passar a ter capacidade construtiva, permitindo aos intervenientes um lucro de três milhões de euros. Segundo o Ministério Público, o advogado Laureano Gonçalves teria obtido uma procuração irrevogável para negociar os terrenos, em troca de 1,072 milhões de euros. Pouco depois, foi celebrado com a STCP um contrato-promessa de compra e venda do terreno. O valor a pagar pela STCP seria de 3,75 milhões de euros, mas acabou fixado em quatro milhões, na sequência de uma suposta reunião em que teriam participado Valentim Loureiro, Laureano Gonçalves e administradores da empresa de transportes, diz a acusação. O processo da Quinta do Ambrósio resultou de uma certidão extraída do processo Apito Dourado, sobre corrupção no futebol. in "EXPRESSO" 16/04/2010

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16 outubro 2009

As boas medidas andam à velocidade da tartaruga

Desde o início da concessão, as Águas de Gondomar cobraram quase 150 euros pela mudança do nome do titular do contador de água. Desde o fim de 2008 que esta taxa foi reduzida para cerca de 5 euros. Fica aqui o repto de se reembolsar unilateralmente os utilizadores que pagaram a quantia usurária durante todo o tempo que vigorou a taxa, e que são milhares de euros cobrados imoralmente pela empresa. Porque de elementar justiça se trata, esperamos que tal reposição de valores aconteça.

21 julho 2008

É verdade o "é mentira"?

Condenação deixa em risco carreira política de Valentim JOÃO PAULO MENDES 'Apito Dourado'. Colectivo de juízes condenou 14 dos 24 arguidos do principal processo relacionado com eventual corrupção no futebol. Mas foi a actuação de Valentim Loureiro na Câmara de Gondomar que lhe valeu a maior pena. Escutas foram validadas, voltando a lançar o debate sobre um dos principais pontos de contestação dos advogados envolvidos no processo, como os de Pinto da CostaMajor contesta crime e anuncia candidatura Valentim Loureiro pode perder o mandato na Câmara de Gondomar e ficar impossibilitado de se recandidatar, na sequência da decisão do Tribunal de Gondomar, que ontem o condenou a três anos e seis meses de cadeia, com pena suspensa, no âmbito do processo "Apito Dourado".Uma condenação que nada tem a ver com alegada corrupção e tráfico de influências no futebol, mas com um crime de prevaricação resultado da adjudicação que a autarquia fez a uma empresa de design, considerada ilegal pelo colectivo de juízes. À luz do novo Código penal, esse crime impede-o de continuar a exercer cargos públicos. Condenação que teve resposta imediata do major: vai recorrer e, assim, recandidatar-se ao cargo nas autárquicas do próximo ano.À saída da sala de audiências, o major reafirmou não ter cometido qualquer crime. "É mentira que tenha feito uma segunda adjudicação e anulado uma primeira", afirmou Valentim Loureiro, acrescentando: "Lamento que os senhores juízes tenham tirado essas conclusões e hão-de fazê-lo em instâncias a seguir. Onde provar isso", disse, numa alusão ao recurso que o seu advogado, Amílcar Fernandes, vai interpor para o Tribunal da Relação.Valentim Loureiro foi rápido a responder ao que chamou "mentiras", ainda no interior do átrio principal do tribunal: "Perante o que aqui se passou, vou ser candidato a novas eleições, vou ganhar e vou continuar em Gondomar." Declaração aplaudida por populares presentes.Além deste crime envolvendo a Câmara de Gondomar e a empresa Global Design, o major foi condenado, como cúmplice, pela prática de 25 crimes de abuso de poder, na pena de dois meses de prisão cada, tendo sido absolvido de 26 crimes de corrupção activa.O tribunal aplicou ainda um cúmulo jurídico de dois anos e três meses de cadeia a Pinto de Sousa, com pena suspensa. O ex-presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da FPF foi condenado pela prática, como autor, de 25 crimes de abuso de poder, mas absolvido da totalidade dos 26 crimes de corrupção passiva. O colectivo de juízes, presidido por António Carneiro da Silva, condenou também José Luís Oliveira, número dois do executivo de Valentim Loureiro e ex-presidente do Gondomar Sport Clube, a três anos de prisão, com pena suspensa, pela prática, como autor de dez crimes de corrupção desportiva activa e 25 de abuso de poder. Foi absolvido de todos os crimes de corrupção activa e de 11 de corrupção desportiva activa.Tal como Valentim Loureiro, os advogados de defesa, João Medeiros e Artur Marques, respectivamente, vão recorrer da sentença para o Tribunal da Relação e, "se for caso disso", para o Tribunal Constitucional, disse o defensor de Pinto de Sousa.O tribunal condenou mais dois arguidos ligados à Global Design - um a dois anos e três meses de prisão e outro a um ano e dois meses, com penas suspensas - e o vice-presidente do CA da Federação, Tavares da Costa, a três meses, suspensos por igual período. Os restantes foram condenados ao pagamento de multas e penas acessórias de não poderem exercer cargos ou funções desportivas. Dez, entre os quais Castro Neves, dirigente do Gondomar à data dos factos, foram absolvidos. DN 19/07/2008

17 julho 2008

O estado vai pagar????

Justiça Estado e Valentim Loureiro com posições «extremadas» no processo por alegado erro judiciário Os advogados de Valentim Loureiro admitiram hoje que há posições «extremadas» relativamente à acção em que seu cliente reclama ao Estado 314 mil euros de indemnização por alegado erro judiciário O Tribunal de Gondomar começou esta manhã a audiência preliminar de uma acção, que se destina a ressarcir o autarca de Gondomar pelos prejuízos que afirma ter sofrido ao ser impedido pela Justiça de presidir à empresa Metro do Porto durante um ano, no âmbito das investigações relativas a um processo conexo ao Apito Dourado.A audiência destina-se a estabelecer um eventual acordo ou, na ausência deste, a estabelecer os quesitos (perguntas) a que se deve responder durante o julgamento.À entrada para a audiência preliminar, Adriano Encarnação e Elisabete Fernandez, advogados do major, admitiram que as posições estavam «extremadas, o que é normal quando se pede a condenação do Estado por um erro judiciário».Mas Elisabete Fernandez ainda equacionava um acordo: «Mesmo sem a admissão de culpa por parte do Estado, seria sempre possível defender que a responsabilidade advém de um facto lícito».A advogada explicou que «muitas vezes as pessoas têm que admitir ser lesadas e sofrer sacrifícios, nomeadamente detenções ou prisões preventivas, mas isto não significa depois que não tenham direito a uma indemnização».«Se calhar estava aqui um ponto para fazermos um acordo, não quantitativo, mas qualitativo», acrescentou.Valentim Loureiro esteve afastado um ano da presidência da empresa Metro do Porto, numa medida de coacção aplicada ao também presidente da Câmara de Gondomar e ex-presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional na sequência dos interrogatórios a que foi sujeito no âmbito do processo ‘Apito Dourado’.Valentim Loureiro reclama do Estado um valor global de 314 mil euros, dos quais 250 mil euros são a título de indemnização por danos morais e prejuízos na sua carreira política.Este valor é exactamente igual ao que o autarca foi obrigado a pagar de caução quando foi ouvido no Tribunal de Gondomar.A segunda parcela indemnizatória reclamada pelo autarca, de 64 mil euros, destina-se a compensar o que perdeu em honorários por ter sido forçado a suspender as funções de presidente da Metro do Porto.O Governo e a Junta Metropolitana do Porto acordaram uma nova forma de gestão da Metro do Porto, mas também concordaram que a alteração não afectaria o mandato dos administradores que terminou no final de 2007.A medida de coacção que suscitou o pedido de indemnização de Valentim Loureiro relaciona-se directamente com o alegado pagamento de um favor que teria sido feito ao autarca por um empreiteiro numa obra do metro.Este processo conexo ao ‘Apito Dourado’ esteve retido, em Gondomar, cerca de um ano e depois mandado para o MP do Porto, onde foi arquivado. Na fundamentação da acção cível, Valentim Loureiro considera também que a medida de coacção nunca devia ter sido aplicada, apoiando-se num parecer do penalista Costa Andrade que a classificou de «absurda».Mas, como efectivamente o foi, houve «obstrução à justiça», porque não lhe foi concedido o direito ao recurso dessa medida de coacção, sustenta o autarca.Isto porque Valentim Loureiro apresentou recurso para a Relação, que não chegou a ser apreciado porque entretanto passou um ano sobre a aplicação da medida, sem ter sido deduzida acusação, o que a fez cair automaticamente.Na contestação a esta acção, o Ministério Público (MP) alegou que Valentim Loureiro não tem razão, já que só era obrigado a deixar a presidência da Metro do Porto, mas podia manter a qualidade de administrador da empresa.Em fase de recurso está, entretanto, outro pedido de indemnização relacionado com o ‘Apito Dourado’, este movido pelo presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa.A 1 de Fevereiro deste ano, o Tribunal de Gondomar negou razão ao dirigente portista, que reclamava 50 mil euros do Estado por alegada detenção ilegal para interrogatório, em 3 de Dezembro de 2004, no interior do próprio Tribunal de Gondomar. Lusa /Sol

08 fevereiro 2008

Milagre!!! Agressão foi obra de ninguém.

Apito Dourado: "Estratégia meticulosa" esvaziou investigação de agressão a Bexiga, diz o ex-autarca de Gondomar 8 de Fevereiro de 2008, 13:24 Porto, 08 Fev (Lusa) - Ricardo Bexiga, que viu arquivado o processo pela agressão de que foi alvo, disse hoje à Lusa que houve "uma estratégia meticulosa" de esvaziamento desta investigação e renovou apelos para se averiguar por que é que a culpa voltou a "morrer solteira". "A meu ver, houve aqui uma estratégia meticulosa de esvaziamento desta investigação. Talvez a investigação do que diz o despacho de arquivamento ajude a descobrir quem e porquê a quis esvaziar", afirmou. Até à publicação do livro de Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, presidente do FC Porto, "tudo foi feito para que não fosse mexido o processo de investigação", acrescentou o ex-autarca socialista de Gondomar e advogado. Na sua leitura, "tentou-se sempre, desde o início, limitar o caso a meros factos relacionados com desporto, quando tudo teve a ver com toda a minha intervenção política". Teve a ver, mais concretamente, com a "denúncia da promiscuidade entre política e futebol, sobretudo em órgãos de poder que na altura estavam residentes na Área Metropolitana do Porto", detalhou. Dizendo partilhar "inteiramente do diagnóstico feito no despacho" da Equipa de Coordenação do Processo Apito Dourado, que arquivou o processo pela agressão, o ex-autarca de Gondomar e advogado declarou que "quem ficou como responsável pelo apuramento dos factos em Janeiro de 2005 não cumpriu o seu dever". "Seja por negligência, seja por omissão, não cumpriu o seu dever", frisou. Em Dezembro do ano passado, Ricardo Bexiga pediu, também em declarações à Lusa, uma averiguação sobre as circunstâncias que levaram a que o processo sobre a agressão de que foi alvo "tenha estado parado" cerca de dois anos. "Deve ser averiguado, com as consequências devidas, por que é que o processo esteve parado tanto tempo", declarou então o antigo autarca socialista de Gondomar. "É esse apelo que renovo no sentido de ser apurado por que é que a culpa mais uma vez morreu solteira num processo de investigação desta responsabilidade", afirmou já hoje. Bexiga chegou a pedir ao anterior Procurador-Geral da República, Souto Moura, que fosse dada prioridade às investigações, pedido que foi encaminhado para o Porto. O antigo autarca socialista de Gondomar e causídico excluiu, "para já", a hipótese de requerer a instrução do processo. "Confesso que, tal como a doutora Maria José Morgado, não tenho outros factos ou meios de prova que possam justificar a abertura da instrução neste momento", justificou. O inquérito-crime à agressão ao antigo vereador socialista de Gondomar era o único que a Equipa de Coordenação do Processo Apito Dourado - relativo a alegada corrupção no futebol e na arbitragem - ainda não tinha concluído. Termina, assim, um processo que começou a 27 de Janeiro de 2005 com a denúncia de Ricardo Bexiga na Polícia Judiciária do Porto. O caso ocorreu a 25 de Janeiro de 2005, quando Ricardo Bexiga foi agredido por dois homens encapuzados na altura em que saía do seu escritório e se dirigia para o parque de estacionamento da Alfândega, no Porto. Quando depôs no Ministério Público, a ex-companheira de Pinto da Costa, Carolina Salgado, referiu o envolvimento de quatro ou cinco pessoas nas agressões ao ex-vereador. Carolina assumiu mesmo parte da responsabilidade pela autoria moral do crime, por alegadamente ter contactado as pessoas que deveriam concretizar a agressão. Na sequência desta confissão, a Equipa de Coordenação do Processo Apito Dourado, liderada pela magistrada Maria José Morgado, acabou por constituir arguidos Pinto da Costa, Carolina Salgado e Fernando Madureira, líder dos Superdragões, a principal claque do FC Porto. As dificuldades em descobrir os autores materiais da agressão surgiram desde logo porque actuaram encapuzados e com celeridade, impedindo um reconhecimento visual pelo agredido. Bexiga admitiu perante os investigadores a possibilidade do crime ter sido cometido por quatro homens que quatro dias antes visitaram o seu escritório, com o alegado propósito de lhe entregarem um processo. O advogado não conseguiu, no entanto, recordar-se do rosto destas pessoas que, alegadamente, pretenderiam apenas identificá-lo para não errarem no alvo quando concretizassem a agressão. O parque de estacionamento onde Ricardo Bexiga foi agredido não tinha câmaras de vigilância, o que acrescentou novas dificuldades à identificação dos agressores. JGJ. Lusa/Fim

24 janeiro 2008

Incomodar para quê?

"O preço que os homens de bem pagam pela indiferença aos assuntos políticos é ser governados pelos maus" (Platão, filosofo grego, 427 a.C - 327 a.C)

14 junho 2007

Verdade universal

"Não é o poder que corrompe, é o medo. O medo de perder o poder corrompe os que se agarram a ele, e o medo do castigo do poder corrompe os que se submetem." -Suu Kyi, filha do herói da luta pela independência da Birmânia, está em prisão domiciliária há vários anos depois da junta militar birmaneza ter anulado o escurtínio que deu ao partido fundado por Suu Kyi 81 por cento dos 485 lugares da Assembleia Nacional.

05 junho 2007

VETO A AUTARCAS SUSPEITOS

ALGUNS PRINCÍPIOS DA PROPOSTA DE LEI Veto a autarcas suspeitos cria nova guerra com o poder local Isaltino, um dos atingidos pela legislação, criticou ontem o Governo Veto a autarcas suspeitos cria nova guerra com o poder local O secretário de Estado da Administração Local repescou um projecto de lei do PSD, que visa acabar com situações de autarcas-arguidos (ver peça em baixo), e sentiu novamente a "ira" dos representantes do Poder Local. Eduardo Cabrita quer alterar a Lei da Tutela Administrativa, no sentido de obrigar todos os eleitos do Poder Local a suspender os mandatos quando formalmente acusados em processos criminais - mas só quando relacionados com o exercício das suas funções. Para os autarcas, porém, isso é um "abuso de poder" e uma violação grosseira da Constituição", para ganhar na secretaria o que o PS não consegue ter nas eleições. Recusando-se a ficar nas mãos do Ministério Público, avisam "Jamais toleraremos isso!". Depois de se ter envolvido em verdadeiros braços-de-ferro com os autarcas no âmbito das leis das finanças locais e do associativismo municipal (que acabou com o "Pacote Relvas e reinstituiu a existência apenas das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa), Cabrita volta a envolver-se em polémica ao avançar com uma proposta de revisão da Lei da Tutela Administrativa que visa acabar com os autarcas-arguidos.
veja a notícia completa em:
veto_a_autarcas_suspeitos_cria_nova_.html

11 maio 2007

A hipocrisia que os números relevam....

Há uns anos , questionado sobre as remunerações ou vencimentos obtidos na empresa metro do Porto, o sr. Major, fez um exercício de cálculo, que depois de divisões multiplicações somas subtracções e ouras operações que só ele conhece, informou os digníssimos presentes, que no total das remunerações, ganhava o mesmo do vencimento de Presidente de Câmara a tempo inteiro. Assim, garantiu que estava naquele cargo não por ganhar mais o que quer que fosse, mas apenas e só para defender melhor os interesses da população, já que frisou, não obtinha vantagens financeiras significativas.
Estranho agora que o sr. Major, venha requerer mais de 300.000 euros de indemnização, por prejuízos financeiros e morais. Os prejuízos financeiros, não existem para o Major, já que este ganhava o mesmo se estivesse em funções de Presidente de Câmara a tempo inteiro. Ora, se deixou de estar no metro, ficou na Câmara a tempo inteiro, logo não foi prejudicado. Sobre a sua capaciadade de gestão eficiente, a empresa sai prejudicada, mas como é uma empresa pública o prejuízo é público e nunca de uma pessoas em particular. Resta a indemnização pela impossibilidade de contactar com outras pessoas e a caução, ora aí ainda pode ser ressarcido do custo administrativo da caução, (uns poucos de euros), e em seguida devem oferecer dois telemóveis, daqueles que os namorados compram para poderem falar muito e gastar pouco, para que o major ponha toda a conversa em dia... Será que para pedir 300 mil euros, vai argumentar com vencimentos diferentes daqueles que publicitava aos quatro ventos. Agora os números vão confirmar a veracidade das afirmações ou provar a hipocrisia do homem público.

09 maio 2007

Gondomar é motivo de chacota na TV - Parte 186

04 maio 2007

PJ na Câmara Municipal de Gondomar

Buscas na Câmara de Gondomar Investigadores da PJ do Porto efectuam buscas nos Paços do Concelho.
Uma equipa de uma dezena de investigadores da Polícia Judiciária do Porto iniciou hoje de manhã buscas nos Paços de Concelho de Gondomar, sobre vários dossiers, disse à Lusa fonte policial. A presença dos investigadores na Câmara de Gondomar foi confirmada à Lusa por fontes da PJ e da autarquia, que se escusaram, no entanto, a adiantar mais pormenores. Uma fonte da autarquia minimizou as consequências da presença de investigadores da PJ nos Paços do Concelho, alegando que estão a solicitar "documentos que podiam ter sido pedidos por fax". fonte: Lusa

13 abril 2007

Operação 'Apito Dourado': Políticos nas escutas

Favores e pressões feitos por Valentim
Valentim Loureiro de telemóvel na mão era uma pressão constante para o Governo de Durão Barroso. Falava com meio mundo para despachar favores para amigos ou insultar um alto funcionário da Direcção-Geral das Pescas. As conversas com o então ministro José Luís Arnaut e os secretários de Estado Hermínio Loureiro, actual presidente da Liga, e Miguel Relvas estão documentadas nas escutas do ‘Apito Dourado’. Valentim Loureiro foi apanhado nas escutas do processo ‘Apito Dourado’ a pedir favores a diversos políticos, como José Luís Arnaut, Miguel Relvas e Hermínio Loureiro, entre outros, situação que a procuradora-geral adjunta Maria José Morgado classificou como “relações perigosas” que merecem “um juízo efectivo de censura ético-política”. Mas também numa conversa demorada com um alto funcionário do Estado, então colocado na Direcção-Geral das Pescas, em que procurou anular uma inspecção deste organismo estatal a uma fábrica de conservas da sua família. Nesta conversa, Valentim insultou e ameaçou por várias vezes o referido funcionário que, mais tarde, lhe pôs um processo por difamação. O Major chegou a ameaçar o funcionário em causa com as suas influências políticas mas acabou por ser condenado a pagar uma indemnização e a pedir desculpas por escrito. No despacho em que arquivou o caso Sousa Cintra (ver outra peça), Morgado frisou que o Major e os seus interlocutores revelam um “deficiente entendimento dos poderes públicos e dos interesses públicos”, sublinhando que as relações estabelecidas entre os intervenientes e os decisores são seguramente perigosas e criam ruído ao normal desempenho da actividade administrativa, que deve reger-se por princípios da igualdade e da legalidade”. Para lá de uma grande proximidade, as escutas revelam mesmo alguma deferência por parte dos ex-governantes visados nas escutas em relação ao Major. Nas escutas que o CM revela nesta edição – consideradas relevantes pela Polícia Judiciária, Ministério Público e pela juíza de instrução do ‘Apito Dourado’, Ana Cláudia Nogueira –, Valentim demonstra que em 2003/04 tinha grande influência junto de diversos governantes. Em Novembro de 2003 pressionou o secretário de Estado do Desporto Hermínio Loureiro a publicar um parecer do Conselho Superior de Desporto onde estavam previstas as “Ligas fechadas”. Em Dezembro de 2003 conversou com o ministro adjunto do primeiro-ministro José Luís Arnaut sobre um empréstimo da Caixa Geral de Depósitos a Sousa Cintra: “Ele é nosso amigo, pá.” “Então não é???!!Então...”, responde-lhe Arnaut. Noutras escutas fica claro que Valentim Loureiro fez várias diligências para ajudar o antigo presidente do Sporting Sousa Cintra a resolver um problema de autorizações diversas para construir uma casa em Vila do Bispo, situada em plena zona de paisagem protegida da costa vicentina. E numa outra escuta – Abril de 2004 –, o “alvo 1 A596”, para a PJ, até se faz passar por um recém- -chegado da África do Sul, de raça negra, chamado Uof Mei, que quer investir em meia dúzia de apartamentos num prédio da Circunvalação, no Porto. Os prédios eram propriedade de João Moura, na altura presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto.
LEIA TUDO O QUE ELES DISSERAM NAS ESCUTAS EM:

07 março 2007

Apito Dourado: Constituídos 29 arguidos em Gondomar

Apito Dourado: Constituídos 29 arguidos em Gondomar
O despacho de acusação do processo Apito Dourado, sobre alegada corrupção no futebol, envolve 29 acusados «cuja actividade se centrou na área de Gondomar», informou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
«O material provatório permitiu ao magistrado titular (Carlos Teixeira) deduzir acusação contra 29 arguidos, cuja actividade se centrou na área de Gondomar. Na esmagadora maioria dos casos são imputados crimes ocorridos no âmbito da actividade desportiva ou com ela relacionados», afirma um comunicado da PGR.
Diário Digital / Lusa
ACUSAÇÕES VÃO AGORA COMEÇAR A SER ENVIADAS AOS ARGUIDOS
«APITO DOURADO» ESTÁ CONCLUÍDO
O Procurador-geral do Distrito do Porto assegurou que o processo «Apito Dourado» sobre alegada corrupção no futebol português está “praticamente concluído” e “pronto para deduzir a acusação”, o que terá ocorrido ontem.“Até final do dia teremos uma noção da acusação” sobre factos relacionados com a Câmara e clubes desportivos de Gondomar, afirmou Alípio Ribeiro, na manhã de ontem.
Escusando-se a adiantar qualquer pormenor relativo a eventuais acusações, o procurador explicou que se trata de um “despacho longo” que, nesta fase, se cingirá a factos respeitantes à área de jurisdição de Gondomar.
“O despacho final deverá ser conhecido hoje [ontem] e incluirá vários segmentos relativos a arquivamentos, acusação e a decisões várias”, disse.
Segundo Alípio Ribeiro, terão sido extraídas certidões para processos autónomos, enviadas para comarcas distintas.
O procurador de Gondomar, Carlos Teixeira (titular do processo), entende que não tem competência territorial para deduzir acusação a todos os arguidos, muitos dos quais estão domiciliados no Porto, Lisboa, Leiria e Madeira.
Envio demoradoNesta fase, apenas deverão ser conhecidas as decisões relativas aos dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol, árbitros de 2.ª categoria, responsáveis do Gondomar Sport Clube e da Câmara de Gondomar, incluindo o presidente da autarquia, Valentim Loureiro.As acusações serão agora enviadas aos acusados, o que deverá demorar cerca de duas semanas, tal a extensão da lista de arguidos.
Fonte judicial informou ainda que é humanamente impossível realizar esta tarefa em menos tempo.A dedução de acusação do processo «Apito Dourado» tem sido sujeita a sucessivos adiamentos, apesar de um pedido de aceleração processual formulado pelo vereador Joaquim Castro Neves, da Câmara Municipal de Gondomar, um dos primeiros indiciados no processo.
Em Junho de 2005, com parte das medidas de coação extintas ou revogadas, a Procuradoria-Geral da República (PGR) reforçou os meios humanos adstritos ao processo e deu ao magistrado do Ministério Público titular do processo, Carlos Teixeira, um prazo de três meses, renovado por igual período, para conclusão do processo.O prazo caducou em meados deste mês, levando a PGR a conceder mais um prazo de 15 dias, que terminou ontem.

Valentim Loureiro vai responder em julgamento por 26 crimes dolosos de corrupção activa

Juiz opta pela forma mais grave de acusação a arguidos do Apito
Valentim Loureiro levantou a questão do "crime continuado", mas o juiz optou pela solução mais gravosa para os arguidos do Apito Dourado
por: António Soares, e Nuno Miguel Maia
O juiz Pedro Vieira, responsável pela decisão de pronunciar 24 dos 27 suspeitos no processo Apito Dourado, escolheu a forma mais gravosa de acusação para os arguidos, em caso de condenação, ao rejeitar a existência de "um crime continuado". Valentim Loureiro tinha tentado forçar esta última opção, mas o juiz decidiu que os arguidos devem ser julgados por cada um dos crimes isoladamente. A diferença, a haver condenações, poderá ser uma pena substancialmente mais elevada, uma vez que a punição final seria encontrada a partir da soma de todas as penas - dezenas, nalguns casos . Valentim Loureiro, por exemplo, vai responder em julgamento por 26 crimes dolosos de corrupção activa, sob a forma de cumplicidade, cada um deles punível, em abstracto, com uma pena oscilando entre os seis meses e os cinco anos de prisão. Ainda em abstracto, portanto, o major poderia ser condenado a 26 vezes cinco anos, ou seja 130 anos de prisão. O exemplo é completamente teórico, uma vez que a pena máxima não pode ultrapassar em Portugal os 25 anos e há outros factores na decisão. Se o juiz tivesse optado pela figura do "crime continuado" o cenário seria completamente diferente, uma vez que todos os crimes seriam condensados num único, com a mesma moldura penal - seis meses a cinco anos de prisão. "Hábito de delinquir" "Nos autos nada há que permita defender a imputação aos arguidos (essencialmente aos arguidos que estão acusados da prática de variadíssimos crimes da mesma natureza - vinte e mais crimes) de apenas um crime continuado", considerou Pedro Vieira. Mas foi mais longe o magistrado ao escrever que "a reiteração criminosa (...) resultou da personalidade dos arguidos, do seu hábito de delinquir", retirando relevância a eventuais "situações exteriores" que possam ter arrastado "o agente para os crimes". Mais exaustivamente, Pedro Vieira explica "Se tivermos em conta, por um lado, que o número de crimes imputados aos referidos arguidos decorre em primeira linha do facto de terem actuado com a motivação referida pela Meritíssima Juiz de Instrução Criminal, por exemplo, no despacho de aplicação das medidas de coacção ao arguido Valentim Loureiro, e com repercussão em cada jogo para o qual eram efectuadas nomeações de árbitros e estes o apitavam, que a cumplicidade consistiu não só em auxílio material (pressões junto de Pinto de Sousa) mas também em auxílio moral, sendo que este se repetiu em cada jogo do Gondomar (apoio à continuação da actuação pelos telefonemas que decorriam entre os arguidos durante ou após os jogos, o que constituía um incentivo à continuação da actuação de José Luís Oliveira), então só se pode concluir que os arguidos criaram em si o hábito de delinquir para levar o Gondomar a subir de divisão por todos os meios possíveis". "A reiteração só poderá, neste contexto, indicar uma culpa grave, uma tendência para a prática de crimes na área em que foram praticados", conclui.

15 fevereiro 2007

CAROLINA SALGADO É TESTEMUNHA

EX-COMPANHEIRA DE PINTO DA COSTA OUVIDA NO TRIBUNAL DE GONDOMAR Carolina Salgado foi ontem ouvida como testemunha no âmbito do processo «Apito Dourado». Na origem da inquirição estão “as relações pessoais” com Pinto da Costa, Valentim Loureiro e Pinto de Sousa. Carolina Salgado depôs ontem de manhã como testemunha no âmbito do processo «Apito Dourado», que se encontra em fase de instrução no Tribunal de Gondomar. Ao contrário do inicialmente se supunha, de que a ex-companheira de Pinto da Costa teria falado apenas informalmente com o procurador Carlos Teixeira, Carolina Salgado acabou por depor perante o juiz que conduz a instrução do processo relativo ao Gondomar Sport Clube. Na origem da inquirição, de acordo com informações recolhidas pelo Portugal Diário, estão “as relações pessoais” entre o principal visado no livro «Eu, Carolina», Pinto da Costa, e dois arguidos do processo de Gondomar, Valentim Loureiro – acusado por 26 crimes de corrupção activa na forma de cumplicidade – e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Pinto de Sousa. Esta foi, aliás, a justificação adiantada pelo magistrado Pedro Miguel Vieira na notificação enviada aos arguidos do processo a dar conta da diligência: “É de esperar que a cidadã Carolina Salgado possua conhecimentos que, expressos através do seu depoimento, possam auxiliar na descoberta da verdade”. No documento enviado às partes, o juiz entendeu que a inquirição de Carolina Salgado, “atenta as revelações efectuadas no livro por si publicado e a posição que ocupou durante vários anos como companheira/mulher do cidadão Jorge Nuno Pinto da Costa, poderá ser importante para a descoberta da verdade”. Assim sendo, o juiz Pedro Miguel Vieira decidiu “proceder à inquirição” de Carolina Salgado, que, quer à chegada, quer à saída do tribunal – quase duas horas depois –, acompanhada pelo advogado, José Dantas, nada disse aos jornalistas. Em vésperas do início da instrução do processo «Apito Dourado» sobre Gondomar, Carolina Salgado publicou um livro intitulado «Eu, Carolina», no qual denuncia alegadas situações de corrupção desportiva, evasão fiscal, violação do segredo de justiça, agressões, perjúrio e fuga à justiça. Entre outras acusações, a ex-companheira do presidente do FC Porto revela que contratou duas pessoas – a mando de Pinto da Costa – para agredirem Ricardo Bexiga, actual deputado do PS e então vereador da Câmara de Gondomar, por este alegadamente ter denunciado situações relacionadas com a investigação do processo «Apito Dourado». JUIZ FASE DE INSTRUÇÃO PODE PROLONGAR-SE ATÉ MARÇO O juiz de instrução Pedro Miguel Vieira admitiu ontem que o despacho sobre o processo «Apito Dourado» pode vir a ser proferido apenas em Março. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, ouvido quarta-feira como testemunha no âmbito do mesmo processo, disse que a fase instrutória deveria estar concluída até Fevereiro. No entanto, o juiz Pedro Miguel Vieira esclareceu que só poderá respeitar o «timing» se, entretanto, não forem suscitados incidentes processuais, pelo que o prazo para a fase instrutória se prolonga até Março. O magistrado frisou ainda que é “perfeitamente autónomo” na condução da fase instrutória deste processo. “O processo está exclusivamente sob minha alçada”, disse, comentando algumas dúvidas suscitadas pela nomeação da procuradora-geral-adjunta Maria José Morgado para dirigir a investigação e os inquéritos, instaurados ou a instaurar, ligados ao processo. A instrução do «Apito Dourado» prossegue hoje com a audição de testemunhas indicadas pelo arguido Luís Nunes da Silva. Trata-se de um ex-vogal do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, suspeito de em 2003 ter favorecido o Gondomar.

11 fevereiro 2007

Referendo em Gondomar

GONDOMAR Freguesias apuradas 12 Freguesias por apurar 0 Ano 1998 Inscritos - 122058 Votantes - 39240 32.15% Em Branco - 476 1.21% Nulos - 223 0.57% Sim - 20194 52.40% Não - 18347 47.60% Ano 2007 Inscritos - 133677 Votantes - 59342 44.39% Em Branco - 808 1.36% Nulos - 463 0.78% Sim - 36334 62.57% Não - 2173737.43% Percentagem calculada sobre votos validamente expressos (brancos e nulos excluídos)

02 fevereiro 2007

“Antes do Apito Dourado, alguns podiam fazer o que queriam em proveito próprio” diz Bexiga ao Progresso

Em entrevista ao “Progresso”, o líder da bancada socialista na Assembleia Municipal de Gondomar, Ricardo Bexiga, acredita que a nomeação da magistrada Maria José Morgado para coordenar o Apito Dourado veio dar “um novo impulso” ao processo. Tal mudança, diz Bexiga, “poderá de uma vez por todas esclarecer a verdadeira natureza dos factos criminosos que têm vindo a público e que envergonham a política e o desporto nacional”. Progresso de Gondomar – Como avalia o Orçamento para 2007 proposto pela Câmara Municipal de Gondomar? Ricardo Bexiga – Como é público, o PS votou contra o Orçamento apresentado pela maioria que dirige a Câmara Municipal. Três razões fundamentaram a posição do PS, quer no executivo municipal quer na assembleia municipal. Em primeiro lugar, porque o orçamento apresentado é um documento sem estratégia definida. Limita-se a repetir orçamentos de anos anteriores, não definindo prioridades de futuro para o desenvolvimento de Gondomar e para a melhoria da qualidade de vida dos gondomarenses. Em segundo lugar, é um orçamento sem ambição. Mais uma vez, ficam de fora os projectos prometidos pelo Major Valentim Loureiro e que levaram os gondomarenses a elegê-lo para a Presidência da Câmara. O Projecto Polis, o Metro, o Parque de Ourivesaria, as grandes acessibilidades, o desenvolvimento económico, o desenvolvimento de equipamentos culturais continuam a ser uma mera miragem para um concelho que há muito caiu para a cauda da Área Metropolitana do Porto em termos de desenvolvimento e crescimento. Por fim, o orçamento apresentado continua com elevados níveis de endividamento já conhecidos de todos, provocados por uma política populista que hipotecou o futuro da Câmara nos anos mais próximos, sobretudo num período de restrições orçamentais graves a nível nacional. PG – Que análise faz dos últimos desenvolvimentos do processo “Apito Dourado”, que entrou, recentemente, na fase de instrução? RB – Reafirmei várias vezes que o processo “Apito Dourado” deve ser visto não como um processo de corrupção desportiva mas como um processo que permitirá desvendar a promiscuidade corrupta entre o futebol e a política. Antes do Processo Apito Dourado, a sensação era que alguns podiam fazer aquilo que queriam em proveito próprio, ficando impunes dado que a ninguém interessava apurar responsabilidades. O novo impulso dado ao processo, designadamente com a nomeação da Dr.ª Maria José Morgado, poderá de uma vez por todas esclarecer a verdadeira natureza dos factos criminosos que têm vindo a público e que envergonham a política e o desporto nacional. PG – Que comentário faz à investigação feita pela PJ às suspeitas de crimes de burla e branqueamento de capitais no negócio de compra e venda (entre 2000 e 2001) da “Quinta do Ambrósio”, em Fânzeres – e ao alegado envolvimento de Valentim Loureiro? RB – Os factos vindos a público sobre este negócio são gravíssimos. Mais uma vez um conjunto alargado de personagens públicas confundiu funções públicas com interesses privados, utilizando aquelas para desenvolver negócios particulares. Espero que tudo se esclareça, dado que este negócio é um dos muitos que o PS vem denunciando ao longo dos anos a propósito da utilização de cargos públicos para fins privados. PG – Considera justos os protestos de vários utentes quanto ao preço dos ramais de saneamento cobrado pela empresa Águas de Gondomar, cuja taxa (1.413 euros) é a mais elevada da Área Metropolitana do Porto? RB – O valor cobrado em Gondomar, a título de preço, pelos ramais de saneamento é, a meu ver, ilegal. Aquele preço é de facto uma taxa pela prestação de um serviço e como tal deve traduzir o justo valor do benefício usufruído pelo cidadão. Ora como é bom de ver os montantes debitados pela Águas de Gondomar não correspondem ao valor do serviço prestado, além de consubstanciar um injusto aproveitamento comercial daquela empresa à custa dos gondomarenses, designadamente dos mais desfavorecidos. PG – A solução para este problema poderá passar pela renegociação do contrato de concessão estabelecido entre a Câmara e a Águas de Gondomar? RB – O PS sempre foi contra as condições do contrato celebrado pelo Major Valentim Loureiro com a Águas de Gondomar, porque desde logo se apercebeu que estava perante um mau negócio para a autarquia e para os gondomarenses. O conjunto de obrigações a que a Câmara ficou vinculada perante a concessionária; os preços que iriam ser imputados aos gondomarenses pelos serviços a prestar pela empresa, além das demais cláusulas contratuais que pendiam sobre a Câmara Municipal faziam prever que no curto prazo o negócio iria ser ruinoso para a autarquia. De tal forma que o Presidente da Câmara, apesar das inúmeras solicitações dos Vereadores e deputados municipais, nunca quis fornecer a cópia integral do contrato celebrado com a Águas de Gondomar. A nosso ver, a renegociação do contrato é um caminho possível para resolver as injustiças que os gondomarenses têm de pagar por conta da inabilidade negocial da Câmara. Mas se essa renegociação não for possível, o PS defende que a Câmara Municipal deve promover a modificação unilateral do contrato de forma a salvaguardar o interesse público e os legítimos direitos dos gondomarenses que não foram acautelados.
in Progresso de Gondomar

31 janeiro 2007

Tribunal anuncia a 6 de Março se o processo Apito Dourado vai a julgamento

Decisão de juiz de instrução criminal de GondomarApito Dourado: tribunal anuncia a 6 de Março se processo vai a julgamento 30.01.2007 - 21h58 Lusa O juiz de instrução criminal do Tribunal de Gondomar Pedro Miguel Vieira marcou hoje para o dia 6 de Março o anúncio da decisão sobre se o processo Apito Dourado vai ou não a julgamento. A data da leitura da decisão instrutória foi marcada no final do debate instrutório, que decorreu hoje no Tribunal de Gondomar.A maioria dos advogados dos 27 arguidos do processo Apito Dourado solicitou hoje a nulidade das provas obtidas em 16 mil escutas telefónicas realizadas ao longo de sete meses e meio.
O processo Apito Dourado teve início com a operação policial com o mesmo nome realizada a 20 de Abril de 2004, que resultou na detenção de 16 pessoas, entre árbitros e dirigentes de futebol, por suspeitas de corrupção desportiva, inicialmente centradas no Gondomar SC, clube da Liga de Honra.
in Público de 31.01.07

"Não cometi qualquer acto que possa ser considerado crime"

"Valentim ficará "triste" se o processo Apito Dourado terminar por erros processuais
Valentim Loureiro disse hoje em Gondomar "esperar" que o processo Apito Dourado, no qual é arguido, não termine por erros processuais, reafirmando a sua inocência.
"Se este processo vier a terminar por questões de direito, ou por causa da ilegalidade das escutas telefónicas, de certa maneira ficarei triste porque quero que se analisem os factos e quero sair deste processo com a certeza de que não há nada que me incrimine", disse o major.
Escusando-se a responder às perguntas dos jornalistas, Valentim Loureiro disse que, "em consciência", não cometeu qualquer crime.
"Não quero que amanhã se diga que não fui condenado porque não havia lei, por isto ou por aquilo. Eu não quero ser condenado porque não cometi qualquer acto que possa ser considerado crime", frisou.
O presidente da Câmara do Gondomar falava no exterior do Tribunal de Gondomar depois de ter sido ouvido durante toda a manhã, a seu pedido, no âmbito da instrução do processo Apito Dourado, para esclarecer factos da acusação sobre os quais nunca tinha sido ouvido. "Em todo os interrogatórios nunca fui confrontado com uma questão que veio a constar da acusação e o meu advogado entendeu que deveria requerer para ser ouvido sobre essa questão", disse Valentim Loureiro, sem explicitar a que "questão" se referia. Contudo, fonte judicial disse à Lusa que Valentim Loureiro pediu para ser ouvido enquanto arguido no processo para tentar demonstrar que nada teve a ver com a inclusão do então presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Pinto de Sousa, na viagem oficial feita por Durão Barroso a Moçambique no início de 2004. O major, acompanhado pelo seu advogado Amílcar Fernandes, terá também negado que tenha tido qualquer influência junto daquele organismo no sentido de manter Pinto de Sousa como presidente do órgão. Na acusação do processo Apito Dourado, o Ministério Público sustenta que Valentim Loureiro terá usado a sua influência naquelas duas situações, em favor de Pinto de Sousa, como contrapartida para os alegados favores recebidos pelo Sport Clube de Gondomar na nomeação de árbitros. Valentim Loureiro foi o único arguido ouvido pelo juiz de instrução, antes da realização do debate instrutório, que se inicia ao início da tarde de hoje. Segundo a acusação, os arguidos, entre os quais se contam o presidente da Câmara local, Valentim Loureiro, o seu vice-presidente, José Luís Oliveira, e Pinto de Sousa, do Conselho de Arbitragem, são suspeitos de terem montado um esquema para induzir os árbitros a beneficiar o Sport Clube de Gondomar. Envolve, ainda, outros 24 arguidos que são acusados dos crimes de corrupção cometidos no âmbito da sua actividade desportiva. A instrução, cuja fase final começa hoje, vai agora confirmar ou invalidar (infirmar) a acusação que impende sobre Valentim Loureiro, suspeito da prática de 26 crimes de corrupção activa, sob a forma de cumplicidade, e dois crimes dolosos de prevaricação.
in JN de 30 de Janeiro de 2007

06 janeiro 2007

Apito dourado - Valentim e Paulo Batista acusados

Valentim Loureiro e árbitro Paulo Baptista acusados de corrupção "António Arnaldo Mesquita" in Público
Ex-líder da Liga insiste na inconstitucionalidade da lei da corrupção desportiva e na nulidade das escutas
Valentim Loureiro foi acusado de corrupção desportiva activa pelo Ministério Público (MP) da Figueira da Foz, no quadro de um inquérito aberto a partir de uma certidão do Apito Dourado.
Além do actual presidente da assembleia geral da Liga de Clubes, o MP acusou, pela primeira vez, um árbitro de primeira categoria. Foi Paulo Baptista, da Associação de Portalegre, a quem imputa o crime de corrupção desportiva passiva. Foram arquivadas as suspeitas que visavam o presidente da Naval 1.º de Maio, Aprígio Santos, e um vogal da comissão de arbitragem da Liga de Clubes, Júlio Mouco.
Valentim Loureiro e Paulo Baptista não se conformaram com a acusação e requereram a abertura da instrução. O ex-líder da Liga voltou a insistir na inconstitucionalidade do diploma que pune a corrupção desportiva e arguiu a nulidade das escutas telefónicas. São duas questões que já foram suscitadas no processo principal, pendente no Tribunal de Gondomar, e que podem vir a ser apreciadas pelo juiz de instrução da Figueira da Foz e, eventualmente, pelo Tribunal da Relação de Coimbra.
Foi numa intercepção telefónica que as suspeitas emergiram, quando, em Novembro de 2003, os investigadores ouviram o presidente da Naval dizer a Valentim Loureiro que o seu clube pretendia ascender à Superliga. Estaria a ser prejudicado pelas arbitragens e temia voltar a ser lesado no jogo seguinte, contra o Desportivo de Chaves, da Liga de Honra. Num outro telefonema, Valentim Loureiro falou com Paulo Baptista, o árbitro que tinha sido nomeado para dirigir aquele encontro, pedindo-lhe que "não prejudicasse" a Naval.
Segundo a certidão remetida de Gondomar para a Figueira, o árbitro de Portalegre ter-se-á mostrado receptivo, mas alertou Loureiro: "Temos que ver isso dos observadores." O líder da Liga pediu ao árbitro uma lista de observadores "amigos" para lhes "dar um toque". Três dias antes do jogo, Valentim Loureiro sugeriu a Júlio Mouco que falasse pessoalmente com Aprígio Santos, sobre as "alegadas más actuações dos árbitros assistentes em prejuízo dos resultados desportivos" da Naval. "Fale com ele, pá, pró serenar, senão o gajo começa-nos a chatear, pá. Estes gajos é que nos puseram lá na Liga", lembrou Valentim Loureiro.
A Naval acabaria por ganhar por um a zero e, na sequência da análise do vídeo com imagens deste desafio, os três peritos que analisaram o desempenho dos árbitros no processo (Jorge Coroado, Vítor Pereira e Adelino Antunes) vislumbraram três erros à equipa de arbitragem. "Todos em benefício do Naval", clube que na temporada de 2003-2004 acabaria a Liga de Honra em sétimo lugar.
Tal como sucede em Gondomar também as diligências de instrução na Figueira da Foz serão à porta fechada. O requerimento foi de Valentim Loureiro, que pediu a manutenção do segredo de justiça dos autos. Valentim Loureiro e Paulo Baptista são também co-arguidos no inquérito que actualmente está a ser investigado pela equipa coordenada por Maria José Morgado. Em causa a alegada viciação das classificações dos árbitros das três principais categorias.
in "Público" de 5 de Janeiro de 2007

02 janeiro 2007

Autocarros bloqueados em Rio Tinto

Autocarros bloqueados durante três horas e meia
Malacó
População de Rio Tinto pode "endurecer" formas de luta caso a STCP não aceite mudanças na nova rede
Hugo Silva
Dezenas de pessoas voltaram a bloquear, ontem à tarde, durante cerca de três horas e meia, os três autocarros que deveriam efectuar a linha 803, entre a estação de Rio Tinto (Gondomar) e a Boavista (Porto). A população não se conforma com as mudanças impostas pela STCP e defende a manutenção da ligação entre o Forno e o Bolhão, que era efectuada pelo extinto 53. Nem o facto de estar marcada para hoje de manhã uma reunião entre o presidente da Junta de Rio Tinto, Marco Martins, e a STCP desmobilizou a multidão.
O primeiro veículo foi barrado, ao início da tarde, junto à estação de Rio Tinto. Mas quando se soube que outra viatura estava a tentar dar a volta mais adiante, na paragem de Casais Novos, os manifestantes trataram de se dividir e formaram uma segunda barragem. Haveria de ser ali que ficariam parados os três autocarros (incluindo o que saiu, entretanto, do bloqueio junto à estação). A PSP apenas garantiu que o protesto decorresse de forma ordeira, sem impedir os automóveis de continuarem a circular.
"Tenho 62 anos e moro há 40 junto à estação. Nunca me falhou o autocarro. Agora, para ir à Loja do Cidadão, nas Antas, tenho de apanhar um autocarro até à Areosa e, aí, mudar para outro até às Antas", protestou José Ferreira Sousa. "Uma coisa que se resolvia em meia hora, agora vai levar meio-dia ou mais. Para ir à Loja do Cidadão vou ter que apanhar três autocarros", disse António Pereira. "Se querem mudar, mudem os números dos autocarros, mas deixem a nova linha fazer o mesmo percurso do 53", acrescentou David Cordeiro.
Também Adérito Machado terá de fazer dois transbordos para fazer a viagem entre o Forno (onde mora) e o centro do Porto. "Tenho de ir até à estação de Rio Tinto, daí até à Areosa, e, depois, apanhar outro autocarro para o Bolhão. Com o 53, a ligação era directa", lamentou.
"As pessoas vão ter de levantar-se mais cedo, as paragens estarão sobrelotadas e, quando chover, o problema será maior", sentenciou José Almeida Francisco. "Se o 701 já anda sempre cheio, agora, com o transbordo do 803, imagine como vai ser", observou Hugo Magalhães.
"Resolvi hoje experimentar a linha. Sem trânsito e com quase ninguém na paragem, a viagem entre a estação e a Boavista demorou 40 minutos!", comentou outro cliente descontente.
Manifestação geral marcada para amanhã nos Aliados
O Movimento de Utentes dos Transportes Públicos da Área Metropolitana do Porto marcou para as 17 horas de amanhã, na Avenida dos Aliados, no Porto, uma manifestação de protesto contra as mudanças na rede da STCP, disse, ao JN, Carlos Pinto, elemento daquela estrutura, que ontem à tarde também esteve em Rio Tinto.O mesmo interlocutor referiu que continua a circular o abaixo-assinado a entregar à Assembleia da República, exigindo a suspensão das alterações.
A luta contra as alterações determinadas pela STCP sai à rua e, em Rio Tinto, o combate poderá "endurecer", conforme alertou o presidente da Junta. "As pessoas estão muito expectantes em relação aos resultados da reunião de amanhã [hoje]", disse o autarca, lembrando que as "formas de luta da população poderão endurecer", caso a STCP se mostre irredutível. Marco Martins lembrou que a empresa foi alertada, inúmeras vezes, para os problemas decorrentes da extinção do 53. in JN de 2 de Janeiro de 2007